CULTURADESTAQUE

Parintinense utiliza técnicas da tecedura para criar obras de artes e driblar a pandemia

Projeto de Waldir Santana, artista que durante 30 anos defendeu o item pajé pelo Boi Caprichoso, tem incentivo da Lei Aldir Blanc, por meio da prefeitura de Parintins, com apoio do governo federal

O parintinense é reconhecido por realizar grandes proezas, um objeto simples pode tornar-se uma verdadeira obra de arte. Pensando nisso, o artista Waldir Santana decidiu unir o útil ao agradável e construiu itens de decoração por meio da tecedura (macramê).  Waldir Santana foi um dos artistas contemplados pela Lei Aldir Blanc, por meio da Prefeitura de Parintins, com apoio do Governo Federal.

O artista explica um pouco do processo de construção das obras. Ele destaca os itens de sua preferência. “As opções são variadas. É possível produzir tapetes, porta-garrafas, centro de mesas e luminárias, as que mais gosto. Uma obra de pequeno porte leva no máximo dois dias. A luminária leva uma semana e meia, principalmente quando varia da quantidade de nós utilizados. Tem o nó básico, o nó borboletinha, o zigue-zague, além de uma infinidade de técnicas. Depende muito do que está fazendo”, afirma.

Waldir Santana conta que a ideia surgiu durante a crise financeira causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Com isso, ele vem conseguindo driblar as dificuldades por meio da arte.

“Eu aprendi a técnica da tecedura aos 15 anos com minha mãe. Tive que buscar no passado o que sabia fazer de melhor. Poderia construir cocar e adereços, mas o mercado é muito grande em Parintins e tinha muita gente fazendo. Aí me lembrei do macramê. Não foi fácil e não está sendo fácil. Por meio dessa arte consigo fazer umas peças e tirar um lucro”, explica

Futuramente o artista deseja fazer uma oficina com técnicas de macramê aos figurinistas do Boi Caprichoso. Em 2022, caso aconteça o Festival de Parintins, ele vai realizar uma exposição com suas obras.

Trajetória

Natural de Parintins, Waldir Santana iniciou a trajetória na confecção de artesanatos em seu ateliê.

Durante 30 anos, ele defendeu o item pajé pelo Boi Caprichoso, sendo reconhecido por introduzir novos elementos nas apresentações do Festival Folclórico de Parintins, como a utilização de pirotecnia e o aprimoramento da dança tribal.

Waldir Santana também é coreógrafo e figurinista, sendo responsável por grande parte de suas fantasias usadas na trajetória como pajé do bumbá azul e branco.

Ele deixou o cargo em 2016, mas vem contribuindo com o Boi Caprichoso em outros setores da agremiação.

Fotos: Waldir Santana/Arquivo pessoal

Pular para o conteúdo