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Trabalho informal eleva nível de ocupação, mas taxa de desocupação segue alta no Amazonas

O Amazonas apresenta alta taxa de trabalhadores por conta própria (33,3%) e os número de informalidade no Estado chegam a 56,4%.

O nível de ocupação, que são os ocupados em relação àqueles na idade de trabalhar, no Amazonas, cresceu 1,9 pontos percentuais do segundo trimestre (abril, maio e junho) para o terceiro trimestre (julho, agosto e setembro), totalizando 1 milhão e 549 mil pessoas ocupadas no Estado. Porém, a taxa de informalidade no Amazonas é uma das mais altas do país, 56,4%, ficando na terceira posição do ranking das taxas mais altas de informalidade, atrás apenas do Pará (60,9%) e do Maranhão (58,8%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD Contínua Trimestral, divulgada hoje (27/11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxa de desocupação apresenta estabilidade no terceiro trimestre (16,6%)

A taxa de desocupação (16,6%) do Amazonas, no trimestre móvel referente aos meses de julho a setembro de 2020, cresceu 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre de abril a junho de 2020 (16,5%), ou seja, apresentou estabilidade, mas cresceu 2,1 pontos percentuais, em relação ao primeiro trimestre de 2020 (14,5%), e 3,3 pontos percentuais frente ao mesmo trimestre móvel do ano anterior (13,3%).

Amazonas teve a 11ª maior taxa de desocupação do país; no trimestre anterior, o Estado tinha a 4ª maior taxa

Em relação às outras unidades da federação, o Estado do Amazonas, com a taxa de desocupação de 16,6%, ocupou a 11ª posição dentre as maiores taxas. As três maiores taxas registradas foram nos Estados da Bahia (20,7%), Sergipe (20,3%) e Alagoas (20,0%), e as menores foram as de Santa Catarina (6,6%), Mato Grosso (9,9%) e Paraná (10,2%).

No terceiro trimestre do ano, a população desocupada no Amazonas (308 mil pessoas) apresentou estabilidade na comparação com o trimestre anterior (291 mil pessoas) e crescimento, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (252 mil pessoas).

Cresce o número de pessoas ocupadas

 A população ocupada (1 milhão e 549 mil pessoas) apresentou leve crescimento (72 mil pessoas a mais) em relação ao trimestre anterior, e queda no confronto com o mesmo trimestre de 2019 (100 mil pessoas a menos), no Estado.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu 1,9 pontos percentuais frente ao trimestre anterior, atingindo 49,1% no trimestre de julho a setembro de 2020. Ainda assim, menos da metade da população em idade de trabalhar estava ocupada. Na comparação com igual trimestre do ano anterior (55,2%), houve queda de 6,1 p.p.. no nível de ocupação.

Pessoas Ocupadas por Posição na Ocupação

No 3º trimestre de 2020, a posição de ocupação classificada como “empregado” apresentou, no Amazonas, o maior número de pessoas ocupadas (837 mil pessoas); cerca de 54,0% do total de pessoas ocupadas (1,549 milhão de pessoas). Sendo que destas, 498 mil pessoas estavam empregadas no setor privado. Cerca de 72 mil pessoas a menos, ocupadas nessa categoria, em relação ao mesmo período do ano anterior (570 mil pessoas). Contudo, apesar da queda considerável de ocupações no setor, em relação ao ano anterior, neste trimestre, houve acréscimo de 14 mil pessoas ocupadas no setor privado em relação ao trimestre anterior (484 mil pessoas), no Estado.

Das pessoas ocupadas no setor privado, 68,3% eram pessoas que trabalhavam com carteira assinada (340 mil pessoas) e 31,7% eram pessoas que trabalhavam sem carteira assinada (158 mil pessoas). Em relação ao trabalhador doméstico, a grande maioria das pessoas trabalham sem carteira assinada: cerca de 92% das 63 mil pessoas ocupadas na função.

No Amazonas, 276 mil pessoas estavam ocupadas no setor público. Já trabalhando por conta própria, eram 515 mil pessoas (33,2% do total de pessoas ocupadas). Destas pessoas, 483 mil não possuíam CNPJ, ou seja, 94,1% estavam na informalidade. O menor número foi o de pessoas ocupadas como empregadores, que alcançou 34 mil (2,2% do total de pessoas ocupadas).

A taxa de 33,3% de trabalhadores por conta própria é a terceira maior dentre as Unidades da Federação; menor apenas que as taxas do Amapá (35,8%) e a do Maranhão (34,1%).

A taxa de informalidade no Amazonas também é uma das mais altas do país, 56,4%. Com esta taxa, o Amazonas fica na terceira posição do ranking das taxas mais altas de informalidade, atrás apenas do Pará (60,9%) e do Maranhão (58,8%).

Grupamento de Atividade (Trabalho principal)

Em relação ao número de pessoas ocupadas por grupamento de atividade, a administração pública, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi o grupo que apresentou o maior número de pessoas ocupadas, 325 mil. O comércio ficou na segunda posição com 304 mil pessoas, em terceiro, a agropecuária com 295 mil pessoas ocupadas, e em quarto a indústria, com 161 mil pessoas ocupadas.

Rendimento Médio Habitual e Massa de Rendimento

O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas (considerando todos os trabalhos), no 3º trimestre de 2020, no Amazonas, foi de R$ 1.955,00.

A massa de rendimento, que é a soma de todos os rendimentos dos trabalhadores, alcançou, no 3º trimestre de 2020, 2,7 bilhões. A massa de rendimento é importante porque reflete todos os salários recebidos pelos trabalhadores dentro do período.

Subutilização

O número de pessoas subutilizadas por insuficiência de horas trabalhadas (135 mil), no Amazonas, apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior (122 mil) e em relação ao mesmo trimestre de 2019 (123 mil).

A taxa composta de subutilização (33,2%) manteve-se estável em relação ao trimestre anterior (34,1%) e apresentou alta de 6,0 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2019 (27,2%).

A população fora da força de trabalho (1 milhão e 295 mil pessoas) teve queda de 66 mil pessoas, no Estado, na comparação com o trimestre anterior, mas cresceu, registrando 208 mil pessoas a mais fora da força de trabalho, frente a igual trimestre de 2019.

A população desalentada (147 mil pessoas), ou seja, a parcela que desistiu de procurar emprego, manteve-se estável em relação ao trimestre anterior (151 mil pessoas), e cresceu (em mais 39 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2019. 

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