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Trabalhadores da Educação aprovam estratégias adotadas pela prefeitura para retorno das aulas presenciais

Semed se prepara para a fase de flexibilização. As unidades de ensino serão pontos de apoio a alunos e professores na continuidade do ensino remoto, por meio do projeto “Aula em Casa”

O planejamento da Prefeitura de Manaus com as estratégias educacionais para o segundo semestre do ano letivo da rede municipal de ensino foi aprovado e elogiado por membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), do Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas do Ensino Básico de Manaus (Asprom Sindical) e do Ministério Público do Estado do Estado do Amazonas (MPE-AM). O encontro aconteceu por meio de videoconferência, nesta sexta-feira (28/8), quando os representantes puderam tirar dúvidas e fazer contribuições aos documentos norteadores.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) organizou um planejamento em cinco fases, que compreendem as etapas que serão realizadas até dezembro de 2020, conforme respaldo e autorização dos órgãos competentes. Ainda não há previsão para o retorno às aulas presenciais nas escolas municipais, o que só deverá ocorrer após liberação das autoridades de saúde sanitária.

A rede municipal de ensino se prepara para a fase de flexibilização, onde as unidades de ensino serão pontos de apoio a alunos e professores na continuidade do ensino remoto, por meio do projeto “Aula em Casa”.

A secretária municipal de Educação, Kátia Schweickardt, foi quem apresentou o plano e destacou que o intuito do encontro virtual foi apresentar as propostas da secretaria, bem como abrir espaço para que os sindicatos pudessem compartilhar as experiências e dar sugestões às propostas da rede. A titular da pasta lamentou, ainda, a falta de uma coordenação nacional, para apoiar os municípios, diante do enfrentamento à pandemia da Covid- 19, no que tange a educação.

Kátia Schweickardt pontuou que a pandemia não é um problema local e sim mundial. E que, os países que retornaram com as aulas no modo semipresencial e que tiveram algum sucesso, contaram com o apoio de uma coordenação nacional, o que não ocorre no Brasil.

“Tudo o que a gente pensa em fazer na rede municipal é em respeito as nossas realidades e com a vontade de diminuir ou, ao menos, enfrentar a grande desigualdade que a gente vive. O ponto em comum em todos nós é a compreensão e a certeza de que a política educacional, se não for a mais importante, é uma das mais importantes para garantir vidas e formação de uma cidadania plena, que vai muito além de apenas transmitir conteúdos”, afirmou.

A secretária lembrou ainda que uma das preocupações da rede municipal de ensino e de todos os sistemas educacionais é o efeito pós-pandemia, que pode causar a evasão escolar de estudantes e também de profissionais. Dessa forma a Semed desenvolveu o programa “Nem um a Menos”, que arrecada aparelhos eletrônicos e doa a alunos que não conseguem de forma alguma estudar a distância. Além deste programa, a Semed também, terá o “Apadrinhamento Pedagógico”, que conta com a participação da sociedade. A ação deve acontecer apenas uma vez na semana em horário e dia combinados.

A promotora titular da 55ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos à Educação (55ª Prodhed), Renata Cintrão, elogiou a preocupação da Semed com a saúde dos alunos, servidores e também em manter o estudo remoto aos estudantes que não conseguem participar das atividades do “Aula em Casa”.

Ela disse que conhecendo o tamanho da rede municipal de ensino e toda a complexidade estrutural pela qual a nossa cidade passa, vê com muito bons olhos o planejamento feito pela Semed. “Já elogiei o trabalho da secretaria, que se preocupou em realizar uma busca ativa daqueles estudantes que não estão dando feedback do acompanhamento do ensino remoto e também da disponibilização das escolas para ajudar esses estudantes que precisam dessa inclusão digital. A Semed realmente está de parabéns com esse planejamento e na vontade de trazer o aluno para perto da escola, mesmo que não seja com o retorno das aulas presenciais, mas de uma forma que ele se sinta incluído nesse contexto do novo normal”, disse a promotora.

A pedagoga da rede e representante do Asprom Sindical, Simone de Lima Tavares, também se disse satisfeita com o planejamento apresentado. “O Asprom Sindical fica feliz com a fala da secretária Kátia, quando diz que podemos colaborar com a construção deste planejamento do segundo semestre de 2020, dando sugestões para o fechamento do mesmo. Assim como que nas escolas, na interação entre professores, pedagogos e gestores, teremos autonomia para administrar as demandas de acordo com a realidade da comunidade escolar, sem colocar em exposição ou em risco nenhum funcionário”, pontuou Simone.

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