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MP que libera Zonas de Processamento de Exportação ameça empresas da ZFM e preocupa do bancada AM

Deputado Marcelo Ramos teme que medida provisória das ZPEs possa permanecer e atingir indústrias do Polo Industrial de Manuas e de outros estados

A Medida provisória 973/2020, que libera as ZPEs (Zonas de Processamento de Exportação) para venda de seus produtos ao mercado interno é uma ameaça à Zona Franca de Manaus e a boa parte da indústria nacional. Por essa razão, o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) fez um apelo, durante sessão da Câmara dos Deputados, ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) para que devolva essa MP ao governo.

“Ao alterar a Lei 11.508, que dispõe sobre o regime tributário, cambial e administrativo das ZPEs, a MP prevê a dispensa destas de cumprir regra que impõe a exportação para o exterior de, no mínimo, 80% de seus produtos. É como se, na prática, o país ganhasse mais 16 zonas francas”, revela Ramos.

Na opinião do parlamentar, a medida criaria uma concorrência desleal com outras indústrias não instaladas em ZPEs, como as do Polo Industrial de Manaus, e as demais empresas brasileiras que pagam seus impostos.

“Nossa bancada já trabalha contra a MP por considerá-la muito prejudicial à ZFM e a toda a indústria nacional. Hoje as Zonas de Processamento de Exportação têm renúncia fiscal, mas com a condição de exportar 80% da sua produção. A MP retira essa condição e permite vender tudo pro mercado interno. Assim, deixa de ser ZPE e vira Zona Franca”, declarou o parlamentar.

Disciplinadas pela Lei no 11.508, de 2007, as Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) caracterizam-se como áreas de livre comércio com o exterior. Destinam-se, assim, à instalação de empresas voltadas à produção de bens a serem exportados. A dispensa do compromisso de exportação, segundo o texto da MP, visa a mitigar os prejuízos que possam decorrer da queda das exportações, provocada pela pandemia de Covid-19.

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