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Seduc lança edital com investimento de R$ 1,7 milhão para contratar merenda escolar para escolas indígenas

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto lançou, nesta quinta-feira (12/12), a terceira Chamada Pública para aquisição de merenda escolar voltada às comunidades indígenas do Amazonas. O edital, que ficará aberto até o dia 29 de janeiro de 2020 e contará com investimento de aproximadamente R$ 1,7 milhão, deverá atender a 36 municípios do estado. O documento oficial com todos os prazos e orientações já está disponível no site oficial da Secretaria, por meio do link: https://bit.ly/34htBdi.

Ao todo, a Chamada Pública englobará 93 gêneros alimentícios – como guaraná, mangarataia, ariá (uma espécie de erva) e tucupi, dentre outros itens típicos da alimentação indígena – dos municípios de Alvarães, Amaturá, Anamã, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamin Constant, Boca do Acre, Borba, Canutama, Carauari, Coari, Fonte Boa, Humaitá, Ipixuna, Itacoatiara, Itamarati, Japurá, Jutaí, Lábrea, Manaquiri, Manaus, Manicoré, Maraã, Maués, Nhamundá, Parintins, Pauini, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Içá, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tefé, Tonantins e Uarini.

Com o edital, a Secretaria beneficiará mais de 60 escolas do Amazonas, respeitando ao máximo as especificidades dos produtores indígenas do interior. “A seleção destes itens se fez de acordo com a vocação agrícola e hábitos alimentares desses povos atendidos pela Chamada Pública”, afirmou o integrante do Núcleo de Apoio a Programas de Economia Regional (Naper), Alan Girão.

“Dessa forma, priorizamos seus próprios processos de produção por meio da comercialização de produtos de origem animal e vegetal, observando sempre as características tradicionais indígenas no oferecimento do serviço de alimentação regionalizada. Assim, esta Chamada Pública busca oferecer o serviço de alimentação escolar com a maior qualidade possível aos alunos da rede estadual de ensino”, completou a presidente da Comissão de Chamada Pública Indígena, Gessika Kelen Santos.

Comissão
De acordo com Alan Girão, o extenso prazo de inscrição para a Chamada Pública – mais de um mês após o seu lançamento – tem justificativa. “Colocamos esse prazo para termos um alcance maior e desempenharmos um trabalho mais próximo a essas comunidades, ajudando seus integrantes tanto no acesso ao edital quanto na elaboração dos projetos de venda. Temos toda uma comissão mobilizada para fazer esse trabalho diretamente com esses povos”, explicou.
Para auxiliar nesse trabalho direto com as comunidades indígenas, a Secretaria conta com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai); Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas (Idam); Ministério Público Federal (MPF), por meio da Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos do Amazonas (Catrapoa); e Secretaria Estadual do Índio.

Economia
Segundo Alan Girão, a Chamada Pública Indígena trará não somente uma melhor qualidade de vida aos estudantes, como, também, gerará emprego e renda nos municípios. “Além de promover essa distribuição de renda dentro das comunidades, estaremos respeitando a cultura e os hábitos desses povos”, completou o integrante do Naper.

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