DESTAQUEPOLÍTICA

Ex-prefeito Adail Pinheiro tem revisão de sentença negada por Tribunal de Justiça

Defesa apontava também suspeição do desembargador que sentenciou Adail e argumentou que não havia vítimas nem provas nas condenações

A revisão de sentença que condenou o ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, a 10 anos e dois meses de prisão, foi negada pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que decidiram por unanimidade, acompanhar o voto do relator Abraham Peixoto Campos Filho. Os crimes foram previstos no Código Penal, nos artigos 227, 228 e 229 e no Estatuto da Criança e Adolescente ECA), artigo 244A.

Para o advogado Fabrício Melo Parente, que fez sustentação oral da defesa por meio de videoconferência, Adail buscava “um julgamento justo”, uma vez que “não havia nos autos nenhuma testemunha ou vítima” que pudessem servir como provas de que Adail cometeu os crimes dos quais foi acusado e condenado. O advogado relatou ainda que o então desembargador Rafael Romano (hoje aposentado), foi condenado a 47 anos de prisão por molestar sua própria neta, ou seja, pelo crime de pedofilia.

“Queremos apenas um julgamento justo, sem juiz com nódoa”, disse Fabrício Melo. O advogado lembrou que o assédio de Romano à neta aconteceu justamente no período em que ele julgava Adail Pinheiro. “Ao mesmo tempo em que julgava, fazia a mesma coisa”, apontou.

Mesmo diante destes argumentos, o relator Abraham Peixoto deu seu voto negativo e foi seguido pelos demais magistrados, participando por meio de videoconferência. A sessão foi transmitida ao vivo no canal do TJAM no YouTube.

Fonte: Portal Único

Foto: Divulgação

Pular para o conteúdo