COVID-19DESTAQUESAÚDE

Mais de 180 mil pessoas testaram positivo para covid-19, até novembro, no Amazonas

O número de pessoas que realizou algum teste representa 11,5% da população do Estado. O percentual é o 7º mais baixo entre as Unidades da Federação, e está abaixo da média nacional (13,5%).

O número de pessoas que fizeram algum teste de diagnóstico da covid-19 alcançou 466 mil pessoas, no Estado, até novembro. Desse total, cerca de 181 mil testaram positivo para doença, o que corresponde a 4,5% da população do Amazonas. Esses dados são da PNAD COVID19 mensal, referente a novembro, e divulgada hoje (23/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este percentual de 4,5% da população que fez algum teste, e recebeu resultado positivo foi o quinto maior dentre as Unidades da Federação. Roraima, com 7,9%, Amapá, com 7,5% e o Distrito Federal, com 6,1%, foram as Unidades da Federação com maiores proporções de pessoas que receberam resultado positivo para Covid-19 até novembro.

Entre os testes para diagnóstico da doença, as pessoas poderiam ter realizado o exame com material coletado na boca ou nariz com o cotonete (Swab); o teste rápido com sangue coletado por um furo no dedo; ou o exame com sangue retirado da veia do braço. No Amazonas, até novembro, 240 mil (5,9% da população) realizaram o teste através de furo no dedo, 164 mil (4,0% da população), o teste por exame de sangue, e 110 mil (2,7%), o teste Swab, através de coleta da saliva.

Foi observado que os testes foram realizados em maior proporção em mulheres (50,9%) do que em homens (49,1%), mas, principalmente, por pessoas de 30 a 59 anos de idade, que representaram 50,1% dos testes realizados do início da pandemia até novembro.

Quanto ao nível de escolaridade, o maior percentual de pessoas que fez algum teste foi o de pessoas com Ensino Médio completo ou Superior incompleto (35,7%), e o menor percentual foi o de pessoas com Ensino Fundamental completo ou Médio incompleto (13,3%). Quanto à renda, as pessoas com renda de menos de meio salário mínimo representaram 7,3% das que realizaram o teste, enquanto as pessoas com quatro salários mínimos ou mais representaram 36,6%, no Amazonas.

O Amazonas (11,5%) foi a 7ª Unidade da Federação com percentual mais baixo de testes realizados desde o início da pandemia. Os Estados com percentuais mais altos foram o Distrito Federal (25,6%), Goiás (20,7%) e Piauí (20,6%). Acre (8,8%), Pernambuco (9,3%) e Alagoas (10,3%) foram as três Unidades da Federação que registraram os menores percentuais de exames realizados.

7,4% da população do Amazonas com alguma comorbidade testou positivo

Até novembro, 30 mil pessoas, ou 7,4% da população com alguma comorbidade, testaram positivo para Covid-19, no Estado. No total, 409 mil pessoas (10,1% da população total) no Amazonas tinham alguma comorbidade que pode agravar o quadro clínico de um paciente com a Covid-19.

Do total de pessoas com alguma comorbidade, no Amazonas, 181 mil eram homens (8,9% do total de homens), e 228 mil mulheres (11,3% do total de mulheres). Hipertensão foi a comorbidade mais frequente (6,0% da população). As outras foram diabetes (2,7%); asma ou bronquite ou enfisema (2,4%); doenças do coração (0,9%); depressão (0,6%) e câncer (0,2%).

2,6% da população apresentou algum dos sintomas de síndromes gripais, em novembro

No mês de novembro, a PNAD COVID19 estimou que 107 mil pessoas (ou 2,6% da população), no Amazonas, apresentaram algum dos sintomas pesquisados de síndromes gripais. Em outubro, 146 mil pessoas (ou 3,6% da população) haviam sentido algum dos sintomas; e em setembro, foram 155 mil (4,8%) as pessoas que haviam sentido algum dos sintomas.

O maior número foi o de maio quando 764 mil (18,9%) disseram ter sentido algum dos sintomas de síndrome gripal. Após queda nesses números de maio a julho, de agosto a outubro, os números de pessoas que relataram sintomas apresentou estabilidade, e em novembro, queda.

Em novembro, 0,5% da população do Amazonas apresentou sintomas conjugados, que poderiam estar associados à Covid-19, no Estado. Em outubro, foi 0,8%.

Em novembro, 19 mil pessoas ou 0,5% da população do Amazonas apresentaram sintomas conjugados de síndrome gripal que podiam estar associados à COVID-19 (perda de cheiro ou sabor ou febre, tosse e dificuldade de respirar ou febre, tosse e dor no peito), no Estado; em outubro, 32 mil pessoas (0,8% da população) apresentaram sintomas conjugados.

O número demonstra queda considerável em relação aos números mostrados pela pesquisa nos meses anteriores, especialmente em relação a junho, quando 148 mil pessoas (ou 3,7% da população) afirmaram ter sentido sintomas conjugados, e a maio, quando 356 mil pessoas (8,8%) sentiram esses sintomas. Em relação ao mês anterior, outubro (0,8%), também houve queda.

Em relação as outras Unidades da Federação, o Amazonas, com o percentual de 0,5% da população que apresentou sintomas conjugados de Covid-19, em novembro, ocupou a 12ª posição no ranking das UFs com maiores percentuais. Amapá, com 1,4%, Roraima, com 0,7%, e Rio Grande do Sul, com 0,7%, foram as três Unidades da Federação com os maiores percentuais de pessoas com sintomas conjugados, em novembro.

Em 3 mil domicílios com idosos havia pelo menos uma pessoa com sintomas conjugados de Covid-19

Em novembro, considerando o total de domicílios com presença de idosos (253 mil) no Estado, em 3 mil desses domicílios havia pelo menos uma pessoa com sintomas conjugados, ou seja, que podiam estar relacionados à COVID-19.

No mês anterior, outubro, havia pelo menos uma pessoa com sintomas conjugados em 7 mil domicílios com pessoa idosa; e, em maio, primeiro mês em que a pesquisa foi realizada, havia pelo menos uma pessoa com sintomas conjugados em 40 mil domicílios com idosos.

Procura por estabelecimento de saúde

Além disso, em novembro, 11 mil (59,9%) dentre as 19 mil pessoas que apresentaram sintomas conjugados procuraram atendimento em estabelecimento de saúde, no Amazonas; variação estável de procura em relação a outubro, quando 25 mil (76,6%) dentre 32 mil que apresentaram sintomas conjugados procuraram atendimento.

A procura por atendimento poderia ser feita em mais de um estabelecimento, seja na rede pública de acesso a toda população, seja na rede privada. No entanto, a maioria das pessoas (3 milhões e 570 mil ou 87,9%) não possuíam plano de saúde, em novembro, no Amazonas. As pessoas que possuíam plano de saúde no Amazonas eram 490 mil ou 12,1%.

Escola

 Entre os que frequentam escola, os alunos do ensino fundamental formam o maior percentual (79,8%), seguidos do ensino médio (65,8%) e ensino superior (24,8%). 

Do total de 1 milhão e 80 mil pessoas que frequentavam escola ou universidade, 119 mil (10,98%) tiveram aulas presenciais normalmente, no Amazonas, em novembro; 389 mil (36,03%) tiveram aulas presenciais parcialmente; enquanto 444 mil (41,07%) não tiveram aulas presenciais normalmente, e o curso que fazem é presencial ou semipresencial; e 129 mil (11,91%) não tiveram aulas presenciais, mas o curso que fazem é online.

Por nível de instrução, entre os que tiveram aulas presenciais normalmente, os alunos do ensino médio foram de maior percentual em novembro (14,85%), seguidos do ensino superior (12,43%) e ensino fundamental (9,27%). E entre os que tiveram aulas presenciais parcialmente, o ensino superior apresentou o maior percentual (41,49%), ensino fundamental o segundo maior (35,18%) e o ensino médio veio em seguida, com 34,94%.

Entre os que não tiveram aulas presenciais normalmente, e o curso é presencial ou semipresencial, o de maior percentual foi o ensino fundamental, com 44,10%, seguido do ensino superior (36,8%), e o ensino médio (35,3%).

Do total de pessoas que frequentam escola e não estão tendo aulas presenciais normalmente, no Amazonas, 688 mil tiveram atividades (71,61%), 257 mil não tiveram atividades (26,78%), e 16 mil (1,61%) não tiveram atividades porque estavam de férias, em novembro.

Dentre as pessoas que tiveram atividades, a maioria (47,9%) tiveram atividades 5 dias na semana; seguido por 20,82%, que tiveram atividades 3 dias na semana, e por 13,41%, que tiveram atividades 4 vezes na semana.

Considerando os estudantes do Ensino Médio, que buscam vagas nas universidades nos próximos anos, 50 mil (24,0%) dentre os que não estavam tendo aulas presenciais normalmente, também não tinham atividades, em novembro; os que tiveram atividades somaram 153 mil (73,7%).

Medidas de restrição tomadas

Quanto às medidas tomadas para restrição de contato em novembro, 204 mil amazonenses (5,0%) declararam não ter feito restrição; este número indica estabilidade em relação ao mês anterior, quando 199 mil declararam não ter feito restrição; 2 milhões e 513 mil pessoas (61,8%) reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa e/ou recebendo visitas (este grupo cresceu 175 mil, em novembro, em relação a outubro e 206 mil, em relação a setembro). 

O grupo dos que ficaram em casa e só saindo por necessidade básica reduziu de 1 milhão e 290 mil, em outubro, para 1 milhão e 9 mil, em novembro; ou seja 281 mil pessoas a menos tomando essa medida de restrição, no Amazonas. E o número de pessoas que ficaram rigorosamente isoladas também sofreu queda de 34 mil pessoas, de outubro para novembro; no total eram 330 mil as pessoas que se mantinham rigorosamente isoladas em novembro, no Amazonas.

Os indicadores mostram que o número de pessoas que não faziam restrição de contato manteve-se estável em novembro, com relação ao mês anterior; que houve aumento do número de pessoas que fizeram restrição de contato, mas continuavam saindo ou recebendo pessoas em casa; e queda no número de pessoas que só saíam por necessidade básica, e também no número das que estavam rigorosamente isoladas.

Entre os que não tomaram qualquer medida de restrição de contato, as pessoas de 14 a 29 anos lideram o grupo, com 34,7% daqueles que não tomaram qualquer medida de restrição. O segundo maior grupo é formado por aqueles de 30 a 49 anos (30,67%). Entre os que ficaram rigorosamente isolados, as crianças de 0 a 13 anos formaram o maior percentual (63,2%).

Solicitação de empréstimo

Quanto à solicitação de empréstimos, 55 mil (5,6%) dos domicílios amazonenses declararam que algum morador pediu empréstimo de qualquer fonte, e conseguiu. Já outros 13 mil (1,3%) solicitaram empréstimo e não conseguiram. Outros 910 mil (93,0%) domicílios não solicitaram empréstimo. Entre aqueles domicílios que solicitaram empréstimo, 42 mil (76,6%) foi através de banco ou financeira; 12 mil (22,6%) junto à parente ou amigo; mil pessoas conseguiram o empréstimo com o empregador, e outros mil, com outra pessoa ou local.

Itens básicos de limpeza e proteção

A Pnad Covid-19 perguntou sobre a presença de itens básicos de limpeza e proteção nos domicílios. Sabão e detergente com 99,4% foram os itens mais citados; máscaras ocupou a segunda posição (98,7%); água sanitária foi o terceiro (97,8%); álcool e luvas vieram em seguida com 90,8% e 30,0%, respectivamente.

Pular para o conteúdo