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Quase metade dos usuários que agenda exames e consultas na rede publica de saúde não comparece para atendimento

Balanço divulgado pelo Complexo Regulador do Amazonas aponta que 48,8% das pessoas que solicitaram atendimento, após a retomada do atendimento presencial, não compareceram na data agendada

Dos 192.932 exames e consultas marcados em junho, após a retomada dos procedimentos eletivos (com data marcada) que foram suspensos na rede pública de saúde do Amazonas por conta da pandemia de Covid-19, apenas 98.831 usuários compareceram e 94.101 pessoas faltaram. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (16/7) pelo Complexo Regulador do Amazonas e demonstra alto índice de pessoas que deixaram de comparecer à consulta ou ao exame na data marcada. Pelo menos 48,8% das pessoas agendaram atendimento, entre 22 de junho e 10 de julho, não compareceram na data e horários marcados. 

Nas Policlínicas da rede estadual de Saúde, o índice de ausências alcançou números ainda maiores, chegando a 62%. Dos 4.658 agendamentos, 2. 889 não foram realizados porque os usuários faltaram. 

Na Policlínica Codajás, na Cachoeirinha, por exemplo, dos 1.127 exames e consultas e agendados na primeira semana de julho, apenas 418 pessoas compareceram. Na Policlínica Danilo Corrêa, na Cidade Nova, foram feitos 1.260 agendamentos e apenas 725 pacientes compareceram em julho.

A gerente de ambulatórios da Susam, Márcia Murad, reforça que o não comparecimento dos usuários às consultas e exames marcados torna-se prejudicial para toda a rede e acaba retirando a oportunidade de mais pessoas serem atendidas. 

“A falta do usuário à consulta traz prejuízos à rede de saúde, pois a vaga foi ocupada e não aproveitada e também para o usuário que, por algum motivo, não compareceu e também não avisou ao serviço em tempo de reaproveitar a vaga para outra pessoa que necessita do mesmo atendimento”, afirma Márcia Murad.

A coordenadora do Complexo Regulador da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Keila do Valle, ressalta que o aumento do absenteísmo pode ser interpretado como uma consequência da pandemia da Covid-19, se for considerado que algumas pessoas ainda não se sentem seguras para ir a uma unidade de saúde, mas também pode estar relacionada à dificuldade no contato com o usuário.

“As equipes de saúde das unidades estão ligando para todos que tinham procedimento agendado para avisar a data do reagendamento, mas algumas pessoas mudaram de telefone ou não atendem às ligações. Por isso, a recomendação da secretaria é de que as pessoas que tinham consulta ou exame agendados para o período entre março e junho procurem a unidade de saúde onde fez o pedido para atualizar o cadastro telefônico ou solicitar informação sobre a nova data do procedimento”, explica.

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