Preta Gil tem despedida emocionante com velório aberto e cortejo pelas ruas do Rio
Artista é celebrada no Theatro Municipal e recebe homenagens de fãs, amigos e autoridades antes da cremação no Cemitério da Penitência
O Rio de Janeiro viveu nesta sexta-feira (25) uma despedida carregada de emoção para Preta Gil. O velório, realizado no histórico Theatro Municipal, reuniu fãs, familiares, artistas e autoridades em um ato que simbolizou a força e o legado da cantora. Durante quatro horas, filas se formaram para a última homenagem a uma artista que sempre defendeu a diversidade, a liberdade e o empoderamento da mulher negra.
A cerimônia foi marcada por música e emoção. No espaço reservado aos familiares, estavam o pai Gilberto Gil, a primeira-dama Janja Lula da Silva, a cantora Ivete Sangalo, a atriz Taís Araújo e outras personalidades próximas. Do lado de fora, milhares de fãs entoaram sucessos como “Sinais de Fogo”, celebrando a alegria e irreverência que sempre marcaram a trajetória de Preta.
Após o velório, o corpo seguiu em cortejo do Corpo de Bombeiros pelas ruas do Rio, passando pelo recém-batizado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil, homenagem ao famoso Bloco da Preta. O destino final foi o Cemitério e Crematório da Penitência, onde a cremação ocorreu em cerimônia privada, restrita a familiares e amigos íntimos.

A despedida pública reforça o tamanho da contribuição de Preta Gil para a cultura brasileira. Mais do que cantora, ela se tornou uma voz ativa em defesa da diversidade e dos direitos das mulheres e da população LGBTQIA+. Sua morte, aos 50 anos, após luta contra um câncer colorretal, deixou o país de luto, mas também fez ecoar sua mensagem de coragem, liberdade e representatividade.
Preta Gil não se despede apenas como uma artista de grande relevância, mas como símbolo de resistência e inclusão. Sua partida, em pleno Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, reforça a dimensão histórica de seu legado — um exemplo que inspira quem acredita em uma sociedade mais justa e plural, inclusive na Amazônia, onde as vozes da cultura e da diversidade seguem na linha de frente pela valorização de identidades e direitos. Da
redação do Valor Amazônico