Luta pelo voto feminino e sua evolução no Brasil
TRE-AM celebra 93 anos da conquista histórica e reforça a importância da participação das mulheres na democracia
O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) celebra, nesta segunda-feira (24/2), os 93 anos da conquista do voto feminino no Brasil, um marco fundamental na luta pela igualdade de gênero e na ampliação da participação das mulheres na política. A data relembra os desafios enfrentados até a conquista desse direito e reforça a necessidade de continuar avançando na representatividade feminina.
Nas eleições municipais de 2024, as mulheres representaram 52% do eleitorado nacional e 51% dos eleitores no Amazonas, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No primeiro turno do último pleito, 1.170.096 mulheres compareceram às urnas no estado, demonstrando o impacto da presença feminina no processo democrático.
A presidente do TRE-AM, desembargadora Carla Reis, destacou a importância dessa conquista histórica para a equidade de gênero. “Temos que honrar essa conquista, que garantiu às mulheres voz ativa nas decisões políticas que afetam toda a sociedade”, afirmou. Ela também ressaltou que, mesmo após 93 anos, as mulheres continuam buscando maior representatividade nos espaços de poder.
Trajetória do voto feminino no Brasil
A luta pelo direito ao voto feminino teve início no século XX e alcançou um marco significativo em 1932, quando o Código Eleitoral passou a permitir que mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria votassem. Contudo, apenas em 1946, com a promulgação da nova Constituição, o voto feminino tornou-se obrigatório, garantindo a plena participação das mulheres na política.
Centro de Memória
O TRE-AM mantém vivo o registro dessa evolução no Centro de Memória Eleitoral “Des. Joaquim Paulino Gomes”, localizado no Fórum Eleitoral, na avenida André Araújo, bairro Aleixo.
Desde sua inauguração, em 2012, o espaço reúne documentos e itens que contam a história do processo eleitoral no Amazonas, incluindo urnas de madeira e eletrônicas, além de títulos eleitorais históricos, alguns datados de 1904. Entre os registros, há documentos que comprovam a inclusão do voto feminino e mostram como essa participação cresceu ao longo das décadas.
A assistente do Centro de Memória, Biblioteca e Arquivo do TRE-AM, Marilza Moreira, reforça o papel educativo do espaço. “Além de preservar esse patrimônio, o Centro de Memória Eleitoral promove exposições e palestras para conscientizar a população sobre a importância do processo democrático e da participação cidadã”, destacou.
O espaço está aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, para visitas e pesquisas sobre a história eleitoral do Amazonas.
📷 Fotos: Chico Batata/TJAM
