Artesanato indígena da Amazônia brilha nas passarelas de Nova York e Milão
Peças de fibra de tucum, criadas por artesãs indígenas, integram a coleção ‘Muiraquitã’, do estilista Maurício Duarte, e ganham destaque internacional
A cultura e a arte indígena da Amazônia alcançaram as passarelas de dois dos maiores eventos de moda do mundo: as semanas de moda de Nova York e Milão. Através da coleção “Muiraquitã”, do estilista manauara Maurício Duarte, peças confeccionadas por artesãs indígenas com fibras de tucum e outros elementos naturais encantaram o público internacional, colocando o artesanato tradicional amazônico sob os holofotes.
Criadas por mulheres indígenas do projeto “Parentas que Fazem”, as peças representam um marco na valorização das técnicas ancestrais de tecelagem e artesanato da região. O estilista, que pertence ao povo Kaixana, usou a coleção para contar uma história de resistência e conexão com a natureza, utilizando materiais como fibra de buriti, escamas de pirarucu e sementes de açaí.
A participação de Maurício em Nova York e Milão não só destacou a riqueza cultural da Amazônia, mas também abriu portas para o reconhecimento do trabalho de comunidades indígenas que, por meio do projeto, têm suas tradições preservadas e valorizadas. “É uma honra levar a nossa arte para o mundo e mostrar que a moda pode ser uma plataforma de expressão cultural e sustentabilidade”, afirmou Duarte.
Essa colaboração entre o estilista e as artesãs reforça o papel das Associações Indígenas em promover a visibilidade de seus trabalhos, unindo tradição e sofisticação em um diálogo criativo que atraiu a atenção de grandes nomes da moda, como a modelo Naomi Campbell, que foi fotografada usando uma das peças feitas a partir de fibras naturais.