Santinhos tomam conta das ruas de Manaus: sujeira e poluição visual marcam campanha de 2024
Volume de material de propaganda eleitoral nas ruas aumenta em comparação com anos anteriores, gerando críticas da população e ambientalistas
A poluição causada pelos famosos “santinhos” eleitorais voltou com força total em Manaus durante a campanha de 2024, gerando uma onda de reclamações da população e de ambientalistas. Como em eleições anteriores, a distribuição indiscriminada desses folhetos invadiu calçadas, praças e até as portas de escolas, onde os eleitores devem votar. No entanto, desta vez, o volume de santinhos jogados nas ruas, especialmente nas proximidades dos locais de votação, foi considerado excessivo, chamando atenção para os impactos ambientais e urbanos dessa prática.
O aumento do uso dos santinhos, comparado a anos anteriores, não só tem provocado transtornos aos moradores, que precisam lidar com a sujeira acumulada, como também suscitado debates sobre a eficácia e necessidade dessa estratégia em tempos de campanhas digitais. Além disso, ambientalistas alertam para o impacto negativo da grande quantidade de papel descartado nas vias públicas, que entope bueiros, contribuindo para enchentes, e prejudica a fauna urbana.
Crimes eleitoral e ambiental
O descarte de santinhos e material de propaganda eleitoral nas ruas, configura crime tanto eleitoral quanto ambiental. Segundo a legislação, o Código Eleitoral proíbe a distribuição de propaganda impressa em vias públicas no dia da eleição, classificando a prática como boca de urna, sujeita a multa e até detenção. Além disso, o descarte irregular de materiais compromete o meio ambiente, poluindo ruas, entupindo bueiros e prejudicando a limpeza urbana. Além de ser um desrespeito à legislação, essa atitude reflete a falta de compromisso com o bem-estar coletivo e a preservação ambiental.