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Barqueata abre a Cúpula dos Povos em Belém com 200 barcos e 5 mil vozes

Subtítulo: Ato aquático tomou os rios Guamá e a Baía do Guajará e marcou o início da Cúpula dos Povos — evento da sociedade civil paralelo à COP30 — reunindo delegações de 60 países, lideranças indígenas, ribeirinhas e quilombolas pela justiça climática.

A manhã desta quarta-feira, 12 de novembro de 2025, começou com um cortejo de canoas, rabetas e embarcações médias navegando pelos rios que abraçam Belém. A Barqueata da Cúpula dos Povos reuniu mais de 200 embarcações e cerca de 5 mil participantes e deu o tom do que pretende ser a semana de mobilização da sociedade civil durante a COP30. O ato, organizado pela Cúpula, partiu do rio Guamá e entrou na Baía do Guajará, em uma coreografia de bandeiras e faixas por justiça climática e defesa dos territórios amazônicos.

A mobilização coroou a Caravana da Resposta, que percorreu cerca de 3 mil quilômetros até Belém para somar-se ao calendário da Cúpula dos Povos — instalada no campus da UFPA até 16/11. Organizações destacaram a presença maciça de povos indígenas, comunidades ribeirinhas e quilombolas, além de pesquisadores, artistas e coletivos urbanos do Brasil e do exterior.

Territórios no centro do clima

Nas falas ao final do cortejo, articuladores da Cúpula defenderam que demarcação e proteção de territórios sejam tratadas como política climática — com salvaguardas para frear desmatamento, grilagem e empreendimentos que impactam povos tradicionais. Organizações classificaram a barqueata como “ato histórico sobre as águas” e lembraram que a Amazônia não é cenário, mas sujeito das soluções climáticas.

Quem esteve no rio

Segundo a organização, participaram delegações de 60 países e lideranças históricas da luta socioambiental; imagens do ato mostram a orla tomada por embarcações e apoiadores. A estimativa de público e de barcos foi confirmada por veículos nacionais, que também destacaram a abertura simbólica da Cúpula dos Povos nesta data.

Por que importa

A Cúpula dos Povos é o principal encontro da sociedade civil paralelo às negociações oficiais da COP30, e funciona como caixa de ressonância de agendas como direitos territoriais, transição energética justa e financiamento climático. Ao começar pelos rios de Belém, a Cúpula reforça a centralidade das vozes amazônicas num evento que ocorre dentro da própria região.+1

Fotos: Agências/PA

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