Condenação de Bolsonaro implode liderança da direita e abre disputa por herança eleitoral
Com ex-presidente fora do jogo, partidos bolsonaristas buscam nomes para 2026 e radicalizam discurso contra STF
A condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão e à inelegibilidade por oito anos provocou um terremoto no tabuleiro político brasileiro. Sem seu principal líder apto a disputar eleições, os partidos e movimentos bolsonaristas iniciaram uma corrida interna para construir novas lideranças capazes de herdar seu capital político, enquanto radicalizam o discurso contra o Supremo Tribunal Federal.
Nomes como Michele Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Romeu Zema surgem como alternativas, mas analistas apontam que nenhum deles tem, isoladamente, a mesma força mobilizadora junto à base radical do bolsonarismo. Nos bastidores, deputados e senadores aliados do ex-presidente articulam propostas para reduzir os poderes do STF, em um movimento de retaliação institucional que tende a ampliar a tensão entre os Poderes.
Especialistas avaliam que o julgamento pode redefinir a direita brasileira e influenciar diretamente as estratégias para as eleições de 2026, marcando o início do fim da era Bolsonaro na política nacional — mas também um possível endurecimento retórico e ideológico de seus seguidores mais fiéis.
