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Janja encerra visita a Manaus costurando floresta, fé e ciência

De Santa Helena do Inglês à Ufam, primeira-dama percorre os caminhos da floresta, da fé e da ciência para projetar a Amazônia no debate climático mundial

A presença da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, Janja, em Manaus, deixou uma marca simbólica e política: a de que a Amazônia deve estar no centro das decisões globais sobre o clima. Sua agenda, que se estendeu entre segunda (18) e quarta-feira (20), percorreu territórios distintos, mas complementares — comunidades ribeirinhas, diálogo religioso e encontro científico — numa narrativa que conecta tradição, espiritualidade e conhecimento acadêmico.

O ponto de partida da visita foi na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, em Iranduba, onde Janja esteve nas comunidades Santa Helena do Inglês e Tumbira. Ali, ela conversou com mulheres ribeirinhas que sustentam projetos de turismo comunitário e manejo sustentável, símbolos da resistência e da criatividade amazônida. “As soluções para o futuro do planeta também estão aqui, no saber das comunidades que protegem a floresta”, afirmou.

Diálogo com mulheres evangélicas

Na manhã desta quarta-feira (20), a primeira-dama seguiu para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), onde se reuniu com mulheres evangélicas. O encontro foi marcado pela busca de aproximação com um segmento social de grande relevância no Brasil, ampliando a narrativa de que justiça climática e protagonismo feminino devem alcançar todas as vozes. O gesto reforça a ideia de que a defesa da Amazônia precisa ser plural, integrando fé e ação social.

Ciência e política climática

Ainda na Ufam, à tarde, Janja participou do Encontro da Comunidade Científica e Tecnológica da Amazônia, promovido pelo Conselhão. Pesquisadores e gestores de mais de 40 instituições apresentaram um documento com recomendações estratégicas para a COP-30, que será realizada em Belém. O texto reúne propostas sobre transição energética, agricultura de baixo impacto e sustentabilidade socioambiental, consolidando a contribuição amazônica para o debate internacional.

Ao lado do embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP-30, Janja reforçou o compromisso do governo federal: “Não existe futuro climático sem a Amazônia no centro das decisões.”

Amazônia como fonte de soluções

Sem compromissos públicos confirmados para esta quinta-feira (21), a passagem de Janja pela capital amazonense se encerra como um gesto político de grande impacto. Ao iniciar sua jornada nas comunidades ribeirinhas e concluí-la em diálogo com a ciência, passando pelo encontro com mulheres evangélicas, a primeira-dama construiu uma narrativa potente: a Amazônia não é apenas palco de conflitos ambientais, mas fonte de soluções globais, espaço de resistência e centro de inovação climática.

Equipe Valor Amazônico

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