Mercado de carbono e patrimônio florestal entram em pauta no TCE-AM
Seminário gratuito reúne especialistas para debater sustentabilidade e novas economias para a Amazônia
Com o objetivo de fomentar o uso sustentável das florestas e estimular oportunidades econômicas alinhadas à preservação ambiental, o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) realiza, no dia 12 de agosto, o Seminário sobre Mercado de Carbono e Externalidades. O evento ocorre no auditório da Corte e reunirá especialistas nacionais em gestão florestal, economia verde e regulação ambiental.
Aberto ao público e com quatro horas de duração, o seminário está com inscrições gratuitas disponíveis no site da Escola de Contas Públicas (ECP): https://ecpvirtual.tce.am.gov.br. A programação abordará temas centrais como a viabilidade econômica dos créditos de carbono, certificações e contratos legais, além do papel estratégico dos tribunais de contas na proteção dos ativos ambientais públicos.
Preservação e desenvolvimento
Entre os palestrantes confirmados estão nomes como o conselheiro do TCE-AM e coordenador da ECP, Júlio Pinheiro; o professor da UFPR Carlos Sanquetta; o especialista da Tero Carbon, Francisco Higuchi; o presidente da Cooperativa de Crédito de Carbono da Amazônia, Venceslau Braz; e o procurador da República Fernando Meloto Soave. A mediação será conduzida pelo procurador do Ministério Público de Contas do Amazonas, Ruy Marcelo de Mendonça.
A conselheira-presidente do TCE-AM, Yara Amazônia Lins, destacou que a iniciativa reafirma o papel pedagógico e indutor da Corte em temas ambientais. “Ao promover esse debate, estimulamos gestores e sociedade a enxergar a floresta como um patrimônio que precisa ser preservado e que também pode gerar desenvolvimento sustentável”, afirmou.
Desafios, oportunidades e segurança jurídica
Além de apresentar experiências de cooperativas e estudos sobre créditos de carbono, o evento também vai debater os principais desafios do setor, como a necessidade de monitoramento transparente, segurança jurídica dos contratos em áreas públicas e mecanismos de repartição justa de benefícios entre comunidades, empresas e o Estado.
“Queremos trazer informações qualificadas para que gestores e cidadãos compreendam os desafios e os potenciais do mercado de carbono”, explicou o conselheiro Júlio Pinheiro. Segundo ele, é fundamental que o tema seja tratado sob múltiplas perspectivas, aproximando conceitos técnicos do cotidiano da gestão pública e privada.
A proposta do seminário é contribuir com a formação de políticas públicas baseadas em ciência, regulação eficaz e valorização da floresta em pé, consolidando a Amazônia como protagonista no novo modelo de economia verde global.
Foto: Arquivo/Valor Amazônico/EBC