Manaus avança na sustentabilidade com parceria para implantação de Usina de Resíduos Sólidos
Projeto com empresa chinesa visa transformar lixo em energia e materiais para construção civil, reforçando compromisso ambiental da capital amazonense
A prefeitura de Manaus está em negociações com a empresa chinesa China Tianying Inc. (CNTY) para a instalação de uma usina de resíduos sólidos na cidade. Em reunião realizada nesta quinta-feira (5/12), o vice-prefeito e secretário-chefe da Casa Civil, Marcos Rotta, discutiu os detalhes do projeto com representantes da CNTY, incluindo o gerente regional sênior, Philip Chen Su.
Marcos Rotta destacou a urgência de ações eficazes na gestão de resíduos sólidos, não apenas em Manaus, mas em todo o Amazonas e no Brasil.
“A cidade de Manaus, que está no coração da floresta amazônica, precisa de políticas mais intensas para enfrentar esse desafio”, afirmou o vice-prefeito, enfatizando o compromisso da administração municipal com a melhoria das condições ambientais e urbanas da capital.
O encontro contou também com a presença de Carlos Valente, diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb); Altervi Moreira, subsecretário da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp); e o engenheiro civil e ex-vereador Antônio Peixoto.

A proposta da CNTY envolve a construção de uma usina capaz de processar resíduos sólidos urbanos, convertendo-os em energia e materiais para a construção civil. Philip Chen Su explicou que, além de fornecer a tecnologia necessária, a empresa planeja investir sem custos para o poder público, sendo remunerada pela venda da energia gerada. A CNTY já atua em São Paulo com projetos semelhantes.
A implementação de usinas de resíduos sólidos representa uma solução sustentável para a gestão de lixo urbano, reduzindo a quantidade de resíduos destinados a aterros sanitários e minimizando os impactos ambientais do descarte inadequado. Além disso, a geração de energia a partir de resíduos contribui para a diversificação da matriz energética e promove a economia circular.
Experiências internacionais demonstram a eficácia desse modelo. Na China, por exemplo, a cidade de Shenzhen inaugurou uma usina capaz de processar 5 mil toneladas de lixo por dia, gerando 550 milhões de kWh por ano, suficientes para abastecer mais de 305 mil residências.
A parceria com a CNTY representa um avanço significativo para Manaus, alinhando a cidade com práticas sustentáveis de gestão de resíduos e contribuindo para a preservação ambiental na Amazônia. A expectativa é que o projeto não apenas melhore a infraestrutura urbana, mas também sirva como modelo para outras regiões enfrentarem desafios semelhantes na gestão de resíduos sólidos.
Fotos: Divulgação/Semcom