Colisão de avião com urubu em Eirunepé reacende debate sobre lixões próximos a aeroportos
Falta de manejo adequado de resíduos sólidos aumenta riscos para a aviação regional e exige ações urgentes de autoridades no Amazonas. Confira as imagens
Na manhã desta sexta-feira (6/12), uma aeronave que se aproximava para pouso no aeroporto de Eirunepé, a 1.160 quilômetros de Manaus, colidiu com um urubu. O incidente, embora sem vítimas, causou danos à aeronave e atrasos nas operações do aeroporto, trazendo novamente à tona os riscos da proximidade entre lixões e aeroportos no interior do Amazonas.
A gestão inadequada de resíduos sólidos tem atraído aves, como urubus, que se tornam um perigo constante para a aviação regional. Especialistas alertam que a falta de políticas públicas efetivas e de investimentos em aterros sanitários resulta em lixões próximos às áreas aeroportuárias, agravando o risco de colisões durante pousos e decolagens.
Ameaças e Respostas
Há mais de uma década, alertas foram emitidos sobre os perigos dessa situação no Amazonas. Mais de dez terminais aéreos enfrentam ameaças constantes devido à presença de aves atraídas por resíduos sólidos. A falta de soluções adequadas reflete a ausência de coordenação entre autoridades locais, estaduais e federais.
Em resposta, o governador do Amazonas, Wilson Lima, se reuniu recentemente com o presidente da Infraero, Rogério Amado Barzellay, para discutir melhorias na infraestrutura aeroportuária, incluindo os terminais de Parintins, Carauari e Barcelos. Em paralelo, iniciativas parlamentares sugerem a criação de uma Frente Parlamentar para monitorar e buscar soluções para o problema.
Medidas Necessárias
O incidente em Eirunepé destaca a urgência de ações coordenadas para implementar aterros sanitários adequados e afastar lixões das proximidades de aeroportos. Além disso, a conscientização ambiental e a modernização das pistas de pouso são essenciais para reduzir riscos e garantir a segurança de passageiros e tripulações.
Somente com uma abordagem integrada será possível proteger as operações aéreas no Amazonas, assegurando o desenvolvimento sustentável e a preservação da vida humana nas regiões vulneráveis do estado.
Confira imagens feitas pelos passageiros:
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