Seca histórica no Amazonas revela sítios arqueológicos milenares
Estiagem revela gravuras rupestres e urnas cerâmicas, oferecendo novas perspectivas sobre povos ancestrais da região
A forte estiagem que afeta o Amazonas, considerada a mais severa dos últimos 121 anos, trouxe à tona achados arqueológicos de grande importância histórica. Quatro sítios foram revelados, sendo três totalmente desconhecidos até então. Entre os vestígios encontrados estão gravuras rupestres e urnas cerâmicas que oferecem novas pistas sobre as antigas civilizações que habitavam a região.
O sítio Ponta das Lajes, já conhecido e localizado próximo a Manaus, emergiu pela segunda vez, revelando gravuras milenares de rostos humanos e ferramentas líticas. Outros achados incluem urnas funerárias no município de Anamã e petróglifos em Urucará, indicando práticas culturais de povos que viveram na Amazônia pré-colonial.
Esses achados são fruto da baixa nos níveis dos rios, especialmente do Rio Negro, que atingiu níveis históricos. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já mobilizou equipes para preservar e estudar os sítios, planejando ações educativas para sensibilizar a população sobre a importância de proteger esse patrimônio.