Termelétrica Jaguatirica II entra em funcionamento com turbinas movidas a gás natural e vapor

Gás natural usado na termelétrica é proveniente do Campo do Azulão, no Amazonas. A usina tem a capacidade de gerar 141 MW, equivalente a, pelo menos, 50% do consumo de Roraima. Obras custou aos cofres públicos R$ 1,8 bilhão

O maior empreendimento em energia renovável da história de Roraima já está em operação. A usina termelétrica Jaguatirica II, localizada na região do Bom Intento, na zona rural de Boa Vista, está gerando 48 MW para o sistema de energia. Nesta etapa, três turbinas entraram em funcionamento, sendo duas movidas a gás e uma a vapor. Os equipamentos foram acionados remotamente pelo governador Antonio Denarium, na tarde de sexta-feira (28/01).

“Hoje foi feito o acionamento das primeiras turbinas da termelétrica Jaguatirica II, com 48MW no sistema de distribuição de energia no Estado de Roraima. É o Governo do Estado apoiando a geração de energia de fontes renováveis e alternativas”, destacou o governador.

As turbinas serão movidas a gás natural proveniente do Campo do Azulão, no Estado do Amazonas. A usina tem a capacidade de gerar 141 MW. Isso corresponde a, pelo menos, 50% do consumo do Estado. Foram gerados mais de dois mil empregos para execução da obra, com investimentos superiores a R$1,8 bilhão.

Além disso, o governador explicou que estão em andamento investimentos em outras fontes alternativas de geração de energia.

“Há outras obras em andamento. Aqui, na Eneva, de gás natural, e a BBF [Brasil BioFuels] e a Palma Plan, instaladas no sul do Estado, em Baliza e Equador, em Rorainópolis, com energia de biomassa de dendê. E aqui, sentido Venezuela, depois do Igarapé do Jacitara e na Serra da Lua, será gerada energia de biomassa de acácia, totalizando de 294 MW”, pontuou.

Comércio e Indústria

Para a presidente da FIER (Federação das Indústrias do Estado de Roraima), Izabel Itikawa, a geração de 48 MW vai elevar a segurança e eficiência energética no Estado.

“Hoje estamos comemorando a vitória de um momento histórico para Roraima, em que nos despedimos de uma energia não confiável para uma energia confiável. De uma energia não renovável para a energia renovável. Então, a indústria roraimense vem acreditando nesse projeto e, nesse momento, ganhamos competitividade com o resto do país, que vem investindo em energias confiáveis. Para a indústria roraimense, é um passo gigantesco na garantia de uma produção que venha a atender às nossas demandas”, ressaltou.

Izabel explicou também que, além de beneficiar as indústrias locais, a segurança energética atrairá outras indústrias e investidores.

“Hoje isso é garantido, porque novos investidores firmaram compromisso em investir em Roraima, em função da segurança energética. No momento em que você não tem segurança energética, não tem uma produção confiável. Essas obras abrem esse caminho. A certeza de que os investidores podem vir. São oito indústrias de energia renovável. A primeira neste certame e outras sete virão. Então vejo um momento de grande alegria e de comemoração para a indústria roraimense”, disse.

Foto: Carlos Vieira/Divulgação