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Estudo aponta maior empregabilidade para graduados, no pós-pandemia

Estudo realizado pelo Instituto Semesp aponta que o número de vínculos empregatícios entre as pessoas apenas com ensino fundamental deve diminuir 14,7% e 5,3% para quem tem ensino médio

Os impactos da Covid-19 na economia brasileira são negativos e influenciam diretamente o mercado de trabalho, com a redução do número de vagas ofertadas pelas empresas, o aumento do desemprego, a redução da renda e da jornada de trabalho, além da suspensão de contratos de trabalho.

Os dados constam de estudo realizado pelo Instituto Semesp – entidade, que abriga instituições do segmento privado do ensino superior brasileiro – com objetivo de entender o comportamento do mercado de trabalho nesse momento de crise e a importância do ensino superior para manutenção dos empregos e na busca de novas oportunidades.

Mesmo com um em cada seis jovens, entre 18 e 29 anos, ficando desempregado no mundo em decorrência da pandemia, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o estudo projeta empregabilidade maior por nível de instrução, pós-pandemia.

Na perspectiva apresentada, os números de vínculos empregatícios devem diminuir.  Entre as pessoas que possuem apenas o ensino fundamental, a queda projetada nos contratos de trabalho chega a 14,7%. Entre os trabalhadores apenas com ensino, a queda é menor, mas passado dos 5% segundo o estudo. Já para quem possui ensino superior completo, o número de contratações deve se manter praticamente, com uma redução em torno de 1,3%.

Segundo a gerente acadêmica da Estácio do Amazonas, Adriana Borges, o benefício de quem investe na graduação neste período é ‘sair na frente’ quando a economia voltar a aquecer e as empresas buscarem recontratações decorrentes de desligamentos que porventura ocorreram devido à pandemia. “É fato que este momento irá passar e quem melhor se preparar, terá melhores oportunidades, como mostra a pesquisa inclusive”, explica.

Questionada sobre a empregabilidade correlacionada à pós-graduação, Adriana é enfática ao dizer que a grande maioria dos alunos que possuem especialização já saem com emprego, principalmente nas áreas da saúde, em que muitos alunos já realizam a colação de grau com a possibilidade de efetivação nas empresas. “Situação bem diferente de quando ingressam, onde a maioria ou está desempregado, vínculo informal de trabalho ou ocupam funções de nível médio e sem conseguir progredir na carreira devido à falta de formação”, acrescentou.

A especialista diz não ter dúvida de que um dos caminhos para manter o trabalho durante períodos mais difíceis é investir em educação, quanto maior a escolaridade, menor a chance de ser afetado.

“Quando a economia vai bem, a disputa por profissionais qualificados eleva a remuneração e em tempos de crise, o nível de escolaridade minimiza os riscos do desemprego. A chance de desemprego é quase 50% menor para as pessoas com nível superior completo em relação às pessoas com nível fundamental ou médio completos”, afirma.

Levando em conta a média dos quatro trimestres do ano de 2019, a taxa de desocupação foi de 13,5% para quem tem nível fundamental, 13,3% para quem tem nível médio e 6,1% para quem tem nível superior, a chance de ficar desempregado é 2,20 vezes maior para as pessoas com ensino fundamental em relação às pessoas com ensino superior; e 2,17 vezes maior para as pessoas com ensino médio em relação às pessoas ensino superior.

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