REGIÃO AMAZÔNICA

Empresários buscam apoio do Governo para reabertura de atividades e redução de tributos em Tocantins

Com 70 dias de pandemia, representantes de entidades defendem protocolos de segurança para evitar situação de colapso da economia na capital.

Representantes de entidades ligadas ao comércio e turismo de Palmas estiveram nesta segunda, 25, com o secretário da Indústria, Comércio e Serviços (Sics) e presidente da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), Tom Lyra. A pauta do encontro foi a elaboração de um plano de retomada das atividades de forma gradativa e a redução de tributos que estão inviabilizando a sobrevivência das empresas.

Em nome da Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav-TO), Marcelo Perim, do Convention & Visitors Bureau de Palmas, Ilza Correia, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-TO), Ana Paula Setti, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-TO), Marcelo Constantino, da Associação dos Profissionais de Turismo do Estado do Tocantins (Aprotur), João Marcelo Sanches, e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Palmas (CDL), Silvano Portilho relataram a grave situação em que se encontram os empresários da Capital.

Segundo eles, comércio e turismo já deram suas contribuições, não há mais condições de manter esta paralização. De acordo com o presidente da CDL, somente em Palmas há 5.500 empresas fechadas e todas já foram obrigadas a demitir colaboradores, impactando 40% das famílias, sendo a região de Taquaralto a mais prejudicada. “Nossas pesquisas apontam que 80% dos palmenses quer a reabertura do comércio”, garante Silvano Portilho.

Por outro lado, os empresários reclamem que, mesmo com a pandemia do coronavírus e o impedimento de funcionamento, todos os tributos estão sendo cobrados normalmente, como o ICMS da energia elétrica e a taxa de esgoto.  

“A partir do momento que estamos parados não tem arrecadação e os impostos também precisam ser reduzidos”, afirma o presidente da Abav-TO, Marcelo Perim, defendendo que é preciso discutir essa cobrança, assim como um plano de retomada com data definida. “Sem funcionamento, empresários e funcionários não têm seu ganha pão”, reitera.

“O que precisamos neste momento é o equilíbrio entre a saúde das pessoas e a saúde financeira das empresas. Nós estamos mostrando que o comércio está pronto para reabrir o quanto antes, o ideal seria no início de junho, quando estaremos recebendo funcionários que estavam em suspensão de contrato”, lamenta Silvano Portilho. “É muito importante que os governos estadual e municipal escutem a classe, a solução que nós buscamos é que haja uma abertura gradual e bem consciente, ou não teremos mais como reverter a situação de colapso”, completa o presidente da CDL.

Tom Lyra explicou que esta é uma situação que preocupa o governador Mauro Carlesse, e diversos setores da economia, em especial o turismo já foram convidados a colaborarem com propostas para a elaboração de um plano de retomada. “Temos que atuar de forma consciente, atendendo protocolos de segurança, mas também garantindo a sobrevivência econômica”, disse, comprometendo-se ainda em levar a demanda de distribuição de cestas básicas para pescadores, guias de turismo, barqueiros e garçons ao governador.

Uma nova reunião está marcada para esta terça, 26, às 9 horas, com a presença das entidades que estiveram na Sics/Adetuc nesta segunda e ainda a Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Tocantins (Fecomércio Tocantins), além das empresas BRK Ambiental e Energisa.

Pular para o conteúdo