Especialistas orientam como manter a saúde mental diante do excesso de notícia sobre Covid-19
De acordo com a OMS, a infodemia, uma superabundância de informações, pode desencadear reações psicossomáticas que afetam a saúde física e mental
“As estratégias de enfrentamento para manter a saúde mental diante do consumo de notícias” é o tema da palestra remota que reunirá professores dos cursos de Psicologia e de Comunicação, da faculdade Martha Falcão, nesta segunda-feira (25/5) às 19h. O evento é gratuito e aberto ao público, que pode se inscrever por meio do link: https://www.wyden.com.br/fmf/evento/fmf-live-sessions
A ideia surgiu a partir da identificação da convergência dos temas relacionados à pandemia de covid-19. “Vamos abordar estratégias que podem ser adotadas para manter a saúde mental diante do volume de informações que afetam o bem estar psicológico,em função de um cenário crítico de uma pandemia e também a infodemia, que provocam insegurança, incertezas, angústias e ansiedades”, afirma a coordenadora do curso de Psicologia, professora Dra. Esther Menezes.
O quadro de infodemia, uma superabundância de informações, fenômeno identificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pode desencadear reações psicossomáticas que afetam a saúde física e mental, segundo a professora. “Tais estratégias podem nos proteger e fortalecer a imunidade e saúde mental para enfrentar este período crítico que estamos vivendo”, explica.
“É importante lembrarmos que estamos tendo esse bombardeio de informações porque o jornalismo está cumprindo seu papel social de informar. Há uma rotina de produção que é baseada nos critérios de noticiabilidade. No entanto, é preciso que haja uma educação para a mídia, ou seja, não tem necessidade de ver notícia o tempo todo. Escolher um momento para se informar e pronto”, explica a professora Me. Vanessa Sena, do curso de jornalismo da faculdade Martha Falcão.
A professora Vanessa Sena ressalta ainda que é importante que a sociedade conheça a forma de produção de notícia para entender a diferença e a relação entre critério e qualidade de informação e a linha editorial de cada veículo a fim de evitar, inclusive, acreditar em fatos falsos.
“No meio desse contexto, existe ainda a participação importante das fontes como as institucionais, por exemplo. Neste caso, elas são imprescindíveis porque são as detentoras dos dados. No entanto, percebemos que as falas divergem, o que vai criando uma confusão no momento em que vamos consumindo a informação porque as várias fontes oficiais não têm o mesmo discurso, então, é preciso saber filtrar essas notícias”, afirma.
A palestra contará ainda com a mediação do professor Carlos Fábio Guimarães, coordenador do curso de Comunicação da faculdade Martha Falcão.