Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, reage à declaração do presidente em vídeo de reunião ministerial
Na avaliação do prefeito, Bolsonaro transformou a solenidade de uma reunião de Ministério em uma conversa de malandros de esquina, quebrando a liturgia do cargo.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, uma das inúmeras autoridades vítimas ofensas proferida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, durante reunião ministerial, cuja a gravação foi divulga nesta sexta-feira (22/5), por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nota oficial, onde repudia o comportamento, nada apropriado ao cargo de chefe da Nação.
“Os insultos do presidente Bolsonaro, dirigidos a mim e a outros homens públicos, representam um verdadeiro “strip-tease moral” feito por quem não tem a mais mínima condição de governar o Brasil”, reprova Arthur Neto.
O prefeito de Manaus, um dos políticos amazonenses de maior prestigio na política brasileira, critica a postura do presidente Jair Bolsonaro, que, nas palavras dele, transformou a solenidade de uma reunião de Ministério em uma conversa de malandros de esquina. ‘Quebra a liturgia do cargo.
Vulgariza a instituição que deveria saber honrar. Exibe despreparo e me põe a questionar todos os presentes: como um ministro pode, sem se desmoralizar, conviver com uma pessoa dessa baixa extração? Que tempos! Que costumes”, indaga Arthur Virgílio Neto.
Ainda na nota, o prefeito afirma que “nosso povo merece acatamento e não a submissão a uma liderança do submundo das “rachadinhas” e das milícias, do submundo da ditadura e das torturas”.
Arthur Neto critica ainda a maneira desrespeitosa e preconceituosa, com que Jair Bolsonaro se refere ao isolamento social e aos povos indígenas.
“O presidente da República, em seu criminoso boicote ao isolamento social, em seu desprezo aos indígenas, em seu apreço a garimpeiros que poluem rios, sonegam impostos e invadem áreas indígenas, é claramente cúmplice de tantas mortes causadas pelo Covid 19. Trata-se de um ser despreparado, inculto e deseducado”, afirma.
“Não gosta de mim? Que bom. Sinal de que estou no lado certo da vida. Também não gosto da ditadura que já nos massacrou e que ele gostaria de reviver. Daqui a pouco mais de dois anos, o país estará livre de tão diminuta e mesquinha figura”, finaliza a nota o prefeito de Manaus.