CIDADANIA

ONGs levam alimento e produtos de higiene básicos para moradores em situação de rua

O projeto Madrugada Sem Fome distribui doações de marmitas, roupas, cestas básicas e produtos de higiene em Belo Horizonte.

A solidariedade é mais uma vez destaque quando se lança o olhar sobre moradores em situação de rua em meio à pandemia do novo coronavírus. Em Belo Horizonte, diversas ONGs e projetos sociais ajudam a alimentar essas pessoas, que muitas vezes não têm acesso a cuidados e serviços básicos.

Rodrigo Costa – Madrugada Sem Fome. Foto: Divulgação/Madrugada Sem Fome

Esse é o caso do projeto Madrugada Sem Fome. Os voluntários se juntam todas as quartas-feiras para distribuir doações de marmitas, roupas, cestas básicas e produtos de higiene. Rodrigo Costa, de 38 anos, é voluntário da causa. O analista de sistema conta que, antes da pandemia, o projeto contava com mais voluntários. “As pessoas sumiram. Mas não sinto medo. Com chuva ou sol, estamos lá. Seguimos todos os cuidados, mas a fome não pode esperar. Essas pessoas ficam sem rumo”, afirma.

Rodrigo diz que o projeto consegue distribuir cerca de 400 a 500 marmitas por toda Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Além disso, são distribuídos junto com o alimento outros tipos de doação.

O Madrugada Sem Fome surgiu há cerca de 12 anos, numa iniciativa de Romerick Gomes. O projeto costumava fazer ações duas vezes ao mês, antes da pandemia. “Vimos que não poderíamos ficar parado. Então, estamos fazendo o máximo possível para atender todo mundo”, diz Rodrigo

Para ajudar o projeto basta acessar a páginado Instagram (@madrugadasemfome) ou entrar em contato com algum voluntário. O Madrugada Sem Fome aceita qualquer tipo doação, como cobertores, roupas, comida, material de higiene e dinheiro.

Café Solidário

Durante os finais de semana na Praça do Peixe, no Bairro Bonfim, zona Noroeste de BH, é realizado o Café Solidário que alimentava os moradores em situação de rua. Depois que a pandemia se instalou, os voluntários da causa começaram a investir em alternativas para não deixar aqueles que contavam com as doações sem qualquer ajuda.

Por isso foram criados kits. Junto com o café e a alimentação também são entregues materiais higiênicos. Os voluntários, que antes se juntavam para entregar os materiais, agora fazem distanciamento social, mas não deixam o maior sentimento escapar: a solidariedade.

Para ajudar o Café Solidário basta acessar a página no Instagram do projeto (@cafesolidariodobem). A organização aceita qualquer tipo de contribuição.

Parceria

A rede de fast food McDonald’s doou, na última segunda-feira (19), 1 mil lanches para distribuição em Belo Horizonte pela Rede Solidária.

Criado pela ativista Daiane Dias com o intuito de fortalecer outros projetos sociais, a Rede Solidária está sendo um pilar para outras instituições. O projeto é responsável pela união de diversos voluntários de diferentes ONGs nas nove regionais da capital mineira. “Com a pandemia do novo coronavírus, tivemos que parar nossas reuniões para evitar aglomeração. Foi quando eu percebi que os projetos que antes distribuíam alimentos para moradores em situação de rua tinham parado de funcionar. A solução foi usar a rede para juntar cerca de 15 instituições. A partir daí, colocamos dois responsáveis em cada regional. Assim conseguimos distribuir mais de 5 mil marmitas durante os finais de semana”, conta Dai (como é conhecida).

Os lanches doados serão entregues durante a semana. De acordo com a organização, serão distribuídos 250 lanches por dia durante quatro dias. O viaduto Santa Tereza, a Rodoviária de Belo Horizonte, a comunidade Pedreira Prado Lopes foram os locais escolhidos para entrega.

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