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Referência para diagnóstico de Varíola de Macacos, Fiocruz confirma cinco casos da doença entre amazonenses

Dados foram divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Todos os casos são importados, ou seja, as pessoas foram contaminadas fora do Estado

Um dos oito laboratórios de referência para o diagnóstico de Varíola dos Macacos no Brasil, o Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados (ViVER), do Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia do ILMD/Fiocruz Amazônia, com sede em Manaus, afirma que até agora, cinco casos da doença no Amazonas já tiveram confirmação de diagnóstico laboratorial feito pela Fiocruz Amazônia.

Os dados foram divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Todos os casos são importados, ou seja, as pessoas foram contaminadas fora do Estado.

O Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia da Fiocruz Amazônia, que já é referência na vigilância genômica da covid-19, atenderá também à demanda de diagnósticos da Monkeypox dos estados do Acre e Roraima.

O virologista Felipe Naveca, coordenador da equipe da Fiocruz Amazônia, explica a importância da criação da rede de diagnóstico laboratorial para a Monkeypox no Brasil, neste momento em que o número de casos da doença apresenta tendência de aumento.

“Com o aumento dos casos de Monkeypox em todo o Mundo, se tornou mais que necessário aumentar nossa resposta do ponto de vista de vigilância, incluindo a vigilância laboratorial, ou seja, a confirmação dos casos suspeitos o mais rápido possível. É neste sentido, que o ILMD passou a integrar a rede nacional de referência para esses casos, capazes de responder com o diagnóstico, referendado pelo Ministério da Saúde”, explica Naveca.

O pesquisador ressalta que, no Amazonas, a parte de vigilância de campo, que compreende a busca ativa dos pacientes e coletas de amostras, é de responsabilidade da FVS-RCP. Segundo o virologista, as análises das amostras no laboratório da Fiocruz Amazônia são feitas em menos de 24 horas, com o resultado positivo ou não para Monkeypox.

Segundo Naveca, ainda não foram confirmados casos da doença no interior do Amazonas. O pesquisador admite que o risco de aumento de casos é uma realidade, com o agravante de ainda estarmos vivendo uma pandemia de Covid-19, por isso chama a atenção para as providências necessárias.

“É preciso estar preparado. Os Estados Unidos decretaram emergência por causa de monkeypox há cerca de três dias. Aquilo que parecia ser algo que seria facilmente contido no início não mostrou esse cenário e estamos vivendo ainda uma pandemia de covid-19, tendo um risco de um aumento grande de casos. Por conta do aumento importante de casos a monkeypox se tornou uma segunda emergência de saúde pública de importância internacional”, finalizou.

*Com informações da Fiocruz Amazônia

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