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Com a Selic em alta, sonho da casa própria pode ficar um pouco mais distante para as famílias de menor renda

Isso porque com a taxa básica de juros em alta, o acesso ao financiamento imobiliário fica menos acessível, já que os bancos seguem o movimento e atualizam os juros do crédito

Em janeiro de 2021, a Selic estava em 2%. Já agora, com o aumento feito pelo Conselho de Política Monetária do Banco Central, na quarta-feira, está em 10,75%. Segundo o economista Ademir Marchetti, professor da Pontífice Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, a Selic em alta, gera um movimento, no mesmo sentido nos créditos disponíveis no mercado.

“O credito imobiliário utiliza recursos da poupança, aí a poupança também tem uma relação com a selic. Então, se a gente aumentar a Selic, para que as pessoas ganham na poupança e esses custos são repassados para o crédito. Porque um pequeno aumento na taxa de juros, como é período muito longo, ela acaba tendo um efeito muito grande na prestação e no custo final”.

Ao mesmo tempo, a renda exigida para o financiamento, também cresce. “A pessoa vai ter que ter uma renda maior, para poder fazer frente para um custo maior. Qual é o valor final total do financiamento? A renda familiar corresponde a capacidade de pagamento necessária para fazer frente as prestações que aumentaram? Essa é uma questão importante. O custo aumenta e, esse aumento do custo, é repassado para as prestações, então, como estamos falando de um prazo muito longo, pequenos aumentos da taxa de juros, tem um efeito bastante importante no custo final. ”

Além disso, a população também é impactada pelo aumento da inflação, assim como a taxa de desemprego. Outro fato que interfere, no financiamento, é o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que acelerou 0,64% em janeiro, impactando diretamente, no preço da construção dos imóveis.

Foto: Divulgação

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