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Conheça um pouco mais sobre os metaversos

Por Antônio Siemsen Munhoz

Um vai e vem de sucesso

Tecnologia que nasceu, quase foi um sucesso, mas parou no tempo e no receio das pessoas, além do encontro de dificuldades de expansão necessária, apresentada pela própria tecnologia utilizada no processo de criação de tais mundos paralelos. Os processos criados eram vendidos  como a expansão da visão para além dos limites da capacidade normal dada a cada pessoa em um determinado contexto. Neste local, as pessoas poderiam simular a convivência e interação, do que era assustadoramente comum e, ao mesmo tempo, de compreensão altamente complexa, comumente denominado  mundos paralelos. Assim eram os metaversos e eles acabaram afogados na mesma incapacidade (hoje felizmente superada) de expansão tecnológica que exigia para se reafirmar como uma solução para diversos problemas. Quem gostou da situação que volte a se preocupar e quem lamentou volte a se regozijar com o fato: o uso de metaversos estão voltando. Eles renascerão para processos que utilizam as suas tecnologias que emergem para imergir os usuários e diferentes contextos, sem que seja necessário que saiam do lugar.

Algumas características fundamentais

Uma das primeiras e mais importantes características das pessoas participantes dos metaversos  é o fato de que apresentam ou deveriam apresentar elevado grau de imaginação, aliado à criatividade e iniciativa. Era comum o uso do Fac-símile tal como o do cientista louco, avental branco, olhos profundos no meio de sobrancelhas de tamanho grandemente distorcidas encimadas por óculos com lentes tais e quais os fundos de garrafa dos graus mais elevados. Cada personagem era ligado muitas vezes intimamente a estes elementos chamados avatares. Estamos falando do metaverso, tecnologia que ressurge nos olhares cobiçosos da Microsoft e do Facebook sobre os usuários que devem expandir de forma inimaginável a movimentação social para enfrentar uma encarniçada guerra sem quartel pela assumir a supremacia. Se ainda não é tempo de uso extensivo, pelo menos o é de desenvolver estudos em grande nível de profundidade com uma das grandes possibilidades futuras de envolvimento das pessoas pelas traquinagens do marketing, hoje em dia atingindo realmente a situação de ser um processo de mil faces.

Afinal do que se tratam os metaversos?

Aos poucos aprendemos, ainda que a custo elevado, que não devemos mais estar envolvidos em processos dos quais nada sabemos sobre a sua tecnologia de suporte. Esta colocação se encaixa  se encaixa como uma luva aos metaversos. Eles estão postos sob a necessidade de ser conhecido, pelo menos para que se saiba o que ele é e  o que é possível fazer com ele, e como resolver problemas que ele possa solucionar. Isto independentemente  do campo da ciência envolvido, que é abrangente. Pandemia vai, pandemia fica, agora praticamente como uma moradora vizinha da casa ao lado. Em todos os cantos é possível observar que o facebook agita hackers, crackers e até alguns curioso sobre anúncios de uma evolução de alto peso financeiro e de tecnologia de ponta.  As ideias colocam que no próximo quinquênio (2022/2026) todas as instituições tecnológicas (denominadas fintechs), os conheçam e se reconheçam como alguém que está em evolução direta para vir a ser uma empresa de metaverso. Muitas pessoas não sabiam e ainda não sabem o que é o metaverso. Mas este fato deverá mudar. Agora mais e muito mais pessoas se encontram propensas a pensar de forma favorável. Desta forma, se torna facilitada a tarefa que elas conheçam  melhor os metaversos e os usem como solução para seus problemas. O metaverso está para as pessoas, como as ligações elétricas, todo mundo sabe que estão lá, mas ninguém as enxerga. O mesmo acontece com o metaverso. Temos um número crescente de operações que trabalham com projetos e produtos que já utilizam o metaverso.  De coqueluche para se tornar uma big tech (fintechs) nas empresas do Vale do Silício foi um passo e, nos dias atuais, eles são assim considerados e movimentam um elevado número de cabeças pensantes. Imagine que em sua frente está Luli Radfahher, compenetrado e a lhe ensinar o que é o metaverso[1]. O renomado professor, por isto o tom doutoral possível observar, lhe diria: você está em frente a uma nova (que já sabemos não ser) tecnologia que pode mudar o comportamento de muitas pessoas. São processos que lhes permitem acessar uma espécie de realidade diferente daquela presente no contexto de sua vida diária. Ele  dá a aparência de ser real, ainda que não seja (um dos riscos de pessoas despreparadas para navegar no metaverso). Hoje ela é uma tecnologia utilizada para jogos, com as pessoas entrando umas no mundo das outras) que envolve a presença da RV – Realidade virtual e da 3D (terceira dimensão). Uma das aplicações mais exitosas foi o jogo denominado Second Life, cujo insucesso se deu por problemas da própria tecnologia (dificuldades de transmissão, hoje já superados) e da confusão das pessoas em sua compreensão. O uso de avatares e interações sociais é, segundo o mestre que você invocou (…) uma ferramenta capaz de envolver as pessoas de maneira imersiva em realidades paralelas. Sendo tal definição mais simples e ao mesmo acadêmica que somos capazes de combinar.

No que ele é utilizado?

Em primeiro lugar, a maioria das pessoas diria: para montar jogos interativos entre usuários de diferentes culturas (o multiculturalismo é incentivo quando ocorre o uso desta ferramenta). O crescimento das tecnologias (largura de banda e 5G) abre novas portas permite que esta atividade seja desenvolvida com pleno sucesso. Mas isto seria muito pouco para o montante de investimento que está sendo aplicado.  O crescimento da RV e do próprio metaverso muda qualquer visão minimalista. A perseguição da possibilidade de um retorno financeiro mais seguro e o barateamento em nível geral das tecnologias neste campo está bem próxima de tornar realidade muitos dos sonhos dos visionários usuários dos metaversos.  Os aplicativos se tornam cada vez menores e ao mesmo tempo mais potentes. As formas de utilização são cada vez mais simplificadas em atividades de drag-and-Drop, exigindo cada vez menos dos artistas que criam os mundos no metaverso. A pandemia impulsiona um retorno das pessoas aos seus lares, incentivando que compras, reuniões, home-office se tornem realidades eficazes. A multiplicidade de soluções para pequenos problemas traz ao palco a figura das assistentes virtuais domésticas e dos ChatBots que incomodam aos usuários. O Facebook lança o aplicativo de reuniões em realidade virtual, a Microsoft abre partes de suas plataformas de aplicativos liberando rotinas que podem ser utilizadas por programadores que conheçam a forma de trabalho com a RV – Realidade Virtual.

E agora?

Os aplicativos no metaverso ainda estão reservados para ocasiões especiais, nas quais seja exigida pompa e circunstância. Quando eles deixarem de ser vistos como diversão e assumirem o papel de fornecedores de serviço a mudança poderá ser significativa. Os aplicativos hoje existentes são nomeados Mixed Reality, utilizado para treinamentos de empresas, peças publicitárias, showrooms e uma das mais eficazes ferramentas de marketing, agora com uma face diferente exposta para o mundo exterior. É o caso de se dizer: esperemos, quem viver verá. Mas as possibilidades são grandes.


[1] https://jornal.usp.br/radio-usp/metaverso-nao-sera-um-novo-facebook-afirma-luli-radfahrer/

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