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Passadas as convenções, candidatos à prefeitura de Coari intensificam campanha eleitoral

Aliança em torno do candidato Robson Tiradentes Júnior reúne o maior número de partidos, dez no total. Além do PSC, tem Podemos, PSD, PSDB, PT, União Brasil, PDT, PROS, PRTB e Solidariedade

Os três candidatos que disputam a eleição suplementar em Coari, município distante 362 quilômetros km de Manaus, em linha reta, aproveitaram o sábado (30/11) para realizar as suas convenções partidárias e já iniciar a campanha eleitoral. O prazo para os partidos políticos e coligações solicitarem à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos encerrará no dia 5 de novembro.

Dez partidos formam o arco de aliança que apoia a candidatura do radialista Robson Tiradentes Júnior (PSC), que tem companheiro de chapa, o coronel da Policia Militar, Ayrton Norte, que é irmão do também coronel Alfredo Menezes, do Patriota.

O presidente do partido Patriotas, deputado estadual, Felipe Souza, representou o governador Wilson Lima (PSC) na convenção, realizada na noite de sábado. Ao longo do discurso, ele afirmou que a dignidade da população de Coari precisa ser resgatada. Também estiveram presentes à convenção, os deputados federais Sidney Leite (PDS) e Capitão Alberto Neto (Republicanos). O segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, não esteve presente mas gravou um vídeo, exibido na convenção, declarando apoio e desejando sucesso à Robson Tiradentes.

A coligação é composta pelo PSC, Podemos, Partido Social Democrático (PSD), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido dos Trabalhadores (PT), União Brasil, Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Republicano da Ordem Social (PROS), Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) e Solidariedade. O arco de aliança congrega o maior número de partidos alinhados para a eleição suplementar em Coari.

O professor José Henrique (PL) escolheu o presidente municipal do Avante, Orlando Nascimento, como candidato a vice-prefeito. A chapa teria o apoio do prefeito de Manaus, David Almeida, segundo afirmam os aliados.

O ex-vereador Keitton Wyllyson Pinheiro Batista (Progressistas) terá como candidato a vice-prefeito Edilson Lima (Republicanos). A chapa tem o apoio do prefeito cassado, Adail Filho e de toda a família Pinheiro, além do deputado federal, Silas Câmara (Republicanos) e do deputado estadual Dermilson Chagas (Podemos).

Eleição suplementar

De acordo com o calendário divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE), as convenções partidárias para a eleição suplementar em Coari, que acontecerá em 5 de dezembro, começaram sexta-feira (29/10) e seguem até dia 2 de novembro, terça-feira.

O prazo para os partidos políticos e coligações solicitarem à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos encerrará no dia 5 de novembro.

A partir de 5 de novembro, os candidatos estão proibidos de participar de inaugurações de obras públicas. A resolução aprovada também estabelece que, na realização de inaugurações, está proibida a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos.

A propaganda eleitoral somente será permitida a partir do dia 6 de novembro. Em razão do curto prazo, os candidatos não poderão usar tempo gratuito em rádio e televisão, apenas poderão divulgar propostas na internet, distribuir material gráfico aos eleitores e realizar comícios e passeatas, com horário limite de meia-noite.

Sem o uso da biometria digital, a eleição em Coari será realizada no dia 5 de dezembro e, a partir do dia 7 de dezembro, as coligações terão três dias para apresentar reclamações. As questões que porventura forem levantadas terão que ser decididas pela Justiça Eleitoral no prazo de três dias e, após esse prazo, os eleitos serão proclamados e diplomados.

A eleição em Coari foi autorizada pelo ministro Carlos Horbach no dia 14 de outubro após o colegiado rejeitar o pedido de Adail Filho (Progressista) contra decisão que cassou o mandato dele de prefeito. Os ministros entenderam que Adail tenta exercer o terceiro mandato consecutivo entre membros da mesma família, o que é proibido pela legislação.

A chapa encabeçada por Adail foi cassada pelo TRE-AM em dezembro de 2020. Os desembargadores consideraram que Adail Pinheiro (pai de Adail Filho) foi eleito em 2012 e exerceu o cargo por mais de dois anos, e que Adail Filho venceu as eleições de 2016 e, portanto, estaria inelegível no pleito de 2020.

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