DESTAQUEMEIO AMBIENTE

Governo e Ibama articulam cooperação técnica para ampliar combate a crimes ambientais

Objetivo é intensificar ações de combate ao desmatamento e às queimadas ilegais, em especial no sul do estado

Representantes de órgãos de monitoramento e vigilância do governo do Amazonas estiveram em reunião, na manhã desta segunda-feira (25/10), com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O objetivo do encontro foi iniciar um diálogo sobre cooperação técnica entre os órgãos para aumentar a força de combate ao desmatamento e às queimadas no sul do Amazonas – região mais afetada por crimes ambientais.

“Queremos trabalhar em parceria. Sabemos que cada órgão tem suas limitações, mas temos o mesmo objetivo, que é preservar a floresta”, disse Samuel Souza, diretor de Proteção Ambiental do Ibama, que cumpre agenda em Manaus.

De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, a principal vantagem dessa integração entre os órgãos estaduais e federais é evitar retrabalho das instituições. “Se conseguirmos aglutinar os dados, teremos uma ferramenta poderosa de monitoramento”, afirmou.

O diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, externou que essa parceria já era um desejo antigo da instituição. “Estávamos sedentos de uma relação mais próxima com o Ibama. Precisamos de uma integração de força e corpo técnico para lidar com as dinâmicas do Estado. Não temos mais como fazer uma ação que não seja integrada”, disse.

Como encaminhamento da reunião, os órgãos decidiram manter contato para troca de acessos a bancos de dados e também para compartilhamento da agenda da Operação Tamoiotatá, força-tarefa do Governo do Amazonas, para combate ao desmatamento e às queimadas.

Além de Sema, Ipaam e Ibama, participaram da reunião representantes da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e da Polícia Rodoviária Federal.

Operação Tamoiotatá 

Lançada em abril, a operação ambiental no sul do estado já embargou mais de 5,7 mil hectares de área desmatada de forma irregular, até agosto deste ano. O número é equivalente a cerca de 8 mil campos de futebol. Os crimes ambientais resultaram em R$ 31,1 milhões aplicados em autos de infração.

Fazem parte da força-tarefa 312 pessoas, entre servidores e brigadistas florestais. O efetivo é formado por equipes da Sema, Ipaam e SSP-AM.

Da SSP-AM, o efetivo de campo conta com equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), da Defesa Civil do Amazonas, do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) da Polícia Militar e da Polícia Civil (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema).

Participam ainda a Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi), da Secretaria Executiva Adjunta de Operações (Seaop) e da Secretaria-Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai).

FOTO: Divulgação/Sema

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