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Prefeitura de Manaus terá Nápoles como cidade-membro em programa da União Europeia

Manaus é uma das cidades do Brasil selecionada para integrar a segunda fase do programa internacional da Comissão Europeia

Metrópole da Amazônia, a capital do Amazonas terá como cidade-membro no intercâmbio urbano do programa Cooperação Urbana e Regional Internacional (IURC), Nápoles, a terceira maior cidade italiana, depois de Roma e Milão. A Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), participou do lançamento oficial da cooperação entre cidades do mundo e a União Europeia, em evento on-line nesta terça-feira, (28/9).

Durante a apresentação, com a participação de líderes e coordenadores do programa de intercâmbio, foram exibidas experiências da primeira edição do IURC, citando a parceria entre Boston (EUA) e Lion (França), e se abriu oficialmente a agenda de eventos para o intercâmbio internacional.

No próximo dia (5/10), Manaus terá a primeira reunião com a cidade-membro italiana, Nápoles, para delimitar temas de atuação urbanística, social e de transformação, com foco na renovação do tecido urbano, meio ambiente e sustentabilidade, potencialização de economias na região central da capital amazonense e as ligações com a água, desde recurso natural até ações em zona portuária.

“A cidade de Nápoles pode contribuir muito porque tem uma configuração de centro antigo e de centro histórico, com aprofundados estudos e grupos de trabalho focados no plano diretor da cidade no sul da Itália, que combina belezas naturais, como o azul do mar Tirreno e o vulcão Vesúvio, e toda uma importância de patrimônio ligado à fundação grega”, disse o vice-presidente do Implurb, arquiteto e urbanista Claudemir Andrade, membro da comissão Manaus.

Nápoles passou por algumas reestruturações, com foco no alinhamento entre área urbana contemporânea, antiga e histórica, criando mais relações de convivência de espaços, principalmente os próximos à água, como o mar Tirreno. O centro histórico de Nápoles é inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco e é um dos maiores e mais antigos da Europa.

Com similaridades como um centro histórico vivo, não musealizado, necessidades de restauros arquitetônicos, conservação, substituição de edificação, criação de espaços livres, os chamados “standards urbanísticos”, entre outros, Nápoles e Manaus vão desenvolver uma abordagem produtiva e para transformar os bens econômicos, culturais e patrimoniais, sem perder valores peculiares, em uma utilidade maior social.

Durante a apresentação, um dos chefes de cooperação de políticas externas e diretor para as Américas, Mario Mariani, disse estar muito contente de fazer parte desta etapa do projeto e de trabalhar com as comunidades locais e com os cidadãos, dimensionando interesses comuns e universais para o desenvolvimento econômico, para a integração urbana e para a busca de soluções em problemas ambientais. “Buscamos abrir a rede a fim de alcançar mais cidades e regiões que não fazem parte do programa hoje, e fazer com que essas localidades sejam mais sólidas em relação à troca de conhecimento”, comentou.

Programa

A etapa que se inicia visa liderar e desenvolver a cooperação urbana e regional internacional para o desenvolvimento urbano sustentável e de inovação, em uma grande rede global de referência para inovação, incluindo 140 cidades e regiões de seis áreas geográficas.

Manaus é uma das cidades do Brasil selecionada para integrar a segunda fase do programa internacional da Comissão Europeia. Não há custo para participar das ações internacionais e o financiamento das atividades é feito pela União Europeia.

O Programa Internacional de Cooperação Urbana (IURC) é um projeto global que apoia cidades de diferentes regiões com intuito de conectar e compartilhar soluções para desafios comuns no desenvolvimento urbano sustentável, no âmbito da nova agenda urbana e no combate às mudanças climáticas.


Para o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente, o prefeito David Almeida tem uma diretriz para que a autarquia busque esforços e conexões a fim de ser uma cidade global com todos os alcances e escalas urbanísticas, ambientais, tecnológicas e econômicas.

Dentro do IURC, a capital amazonense poderá desenvolver parcerias com temáticas urbanas de acordo com as suas prioridades, especificidades e demandas locais, com prazo de 24 meses de cooperação. Meio ambiente, reconversão de áreas no patrimônio histórico, biofilia, mobilidade e sustentabilidade são alguns dos objetivos que interessam Manaus dentro da iniciativa global.

Projeto

Conforme o projeto, as cidades escolhidas para o IURC receberão apoio para planejar, projetar, diagnosticar, criar soluções e gerir práticas urbanas com desenvolvimento de planos de ações locais e projetos-pilotos para alcançar resultados.

Uma plataforma de troca de conhecimentos será estabelecida com recursos e melhores práticas sobre a superação de barreiras específicas no urbanismo.


Integração

No âmbito do programa, cidades se associam para abordar conjuntamente os desafios do desenvolvimento sustentável das suas regiões, incluindo setores privados, financeiros e as instituições públicas e acadêmicas no processo.

Assim, o programa visa promover a troca de conhecimentos, facilitar a construção de pontes e apoiar o desenvolvimento de projetos conjuntos.

A equipe participante de Manaus é composta pelo diretor-presidente da autarquia, engenheiro Carlos Valente; pelo vice-presidente, arquiteto e urbanista Claudemir Andrade; pelo diretor de Planejamento Urbano (DPLA), arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro; o coordenador de projetos, arquiteto Leonardo Normando, e as arquitetas Luiza Lacerda e Rejane Gaston.

Foto – Divulgação / Implurb

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