CIDADANIA

Em Manaus, velas são acesas em homenagem às 500 mil vítimas da Covid-19 no Brasil

Ato aconteceu na noite dessa segunda-feira (21/06), na Catedral Metropolitana. O ato foi realizado em várias cidades do Brasil e Manaus, que foi um dos epicentros da pandemia

A Arquidiocese de Manaus realizou Ato “Em Memória e por Justiça – 500 velas por 500 mil mortes”, no início da noite desta segunda-feira (21/06), em frente à Catedral Metropolitana de Manaus Nossa Senhora da Conceição, na Praça da Matriz, no Centro de Manaus.

Participaram lideranças das Pastorais Sociais e Movimentos Eclesiais, além da presença do arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Leonardo Steiner. Várias vítimas da Covid-19 foram lembradas. “Queremos recordar a irresponsabilidade das autoridades no cuidado nesse tempo pandêmico e acendemos essas 500 velas para simbolizar a presença de todos os que faleceram e que cada vela acesa seja esperança de um Brasil melhor, mais justo e com mais saúde, onde todas as pessoas tenham oportunidade”, afirmou dom Leonardo na abertura do ato.

A presidente do Conselho de Leigos e Leigas (CALL), Patrícia Cabral lembrou que o ato foi realizado em várias cidades do Brasil e Manaus, que foi um dos epicentros da pandemia, não poderia ficar de fora. Além disso, é missão de todos leigos e leigas ser voz profética que denuncia as injustiças e a corrupção. “Infelizmente chegamos a esse número de mais de 500 mil mortos. Desde sábado (19/06), vários municípios estão fazendo esse ato em Memória e Justiça. E queremos reivindicar: comida no prato, vacina no braço, auxílio emergencial de R$600 e Fora Bolsonaro”, reforçou Patrícia Cabral.

O delegado de polícia civil João Tayah lembrou que a vacina foi propositalmente atrasada pelo governo federal e todas as medidas de segurança sanitária foram desincentivadas pelo próprio presidente da república. “É preciso ir além da CPI do Senado. Temos que cobrar que a Assembleia Legislativa investigue e traga à tona os culpados no Amazonas dessa política genocida e assim se faça justiça e as vidas que se foram, não seja em vão”, ressaltou Tayah.

Conceição Silva das Escolas de Fé e Política reforçou a necessidade de todos se vacinarem. Só com a vacina para todos é que vamos superar a pandemia. “Sabemos que muitas dessas mortes poderiam ser evitadas. Muitos são enganados com o mito da cura preventiva. Devemos falar com todos que estão próximos para irem se vacinar e com as duas doses, pois muitos não tomam a segunda dose. Precisamos levar a todos o que diz a ciência”, desabafou Conceição Silva.

O professor Jonas Araújo refletiu sobre as centenas de profissionais de educação que sofreram com a Covid-19 e vieram a falecer e destacou o professor doutor Luiz Fernando. “Os professores honram nossos companheiros da educação, que tombaram nessa pandemia, estando em greve em defesa da vida de toda comunidade educativa. Mas mesmo assim, estamos vendo o Governo do Estado fazendo marketing com a vacina para tentar se livrar da CPI”, destacou Araújo.

O deputado federal Zé Ricardo (PT/AM) que é membro do CALL da Arquidiocese de Manaus também participou da atividade. “É importante fazer memória, mas também é importante fazer justiça. Boa parte dessas mortes poderiam ser evitadas se não fosse o negacionismo dos Governos Federal e Estadual. Estamos solidários a todos e todas que perderam familiares, parentes e amigos, pessoas queridas nessa pandemia”, disse o deputado.

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