MEIO AMBIENTEPARÁREGIÃO AMAZÔNICA

Pará reduz em mais 40% o desmatamento em todo o território estadual em maio

Em nove meses, o Estado registrou queda de 14%, o que equivale a cidade de Belo Horizonte. Ações da Amazônia Viva 8 reduziram em 92% o desmatamento em áreas estaduais. Já a Amazônia Viva 9, levada a campo em fevereiro, reduziu a degradação ambiental em 94%, em relação ao mesmo período de 2020

O Pará reduziu em 14,63% o desmatamento no período de agosto a abril deste ano, em relação ao mesmo período do ano anterior, o que equivale 342 km², um pouco maior do que a capital de Minas Gerais, segundo dados do sistema de alertas do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Também reduziu em 43% o desmatamento em todo o seu território nos primeiros 11 dias de maio, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em áreas estaduais, a redução foi de 68%, enquanto que nas áreas de administração federal o desmatamento caiu em 4%. O balanço foi realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

“Neste início de maio, já se percebe uma queda no desmatamento. Para o Estado, isso representa 45% de redução nos 11 primeiros dias de maio de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado. Além disto, se a gente for olhar para as principais áreas de atuação da Semas, esta queda é ainda maior. Por exemplo, na APA do Triunfo do Xingu, este desmatamento foi reduzido em 72% nesta mesma faixa de comparação”, avalia a coordenadora do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), da Semas, Jakeline Viana.

Na Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, o desmatamento foi reduzido em 72% em relação aos 11 primeiros dias de maio de 2020. Com 1.679.280,52 hectares, esta APA possui 65% de sua área no território do município de São Félix do Xingu e 35% na cidade de Altamira, no sudeste paraense.

“Nós mantemos as equipes em campo mensalmente, sempre reformulando estratégias e analisando o comportamento dos desmatadores. Dessa maneira, conseguimos manter uma presença constante do Estado, nos locais mais vulneráveis aos crimes ambientais”, reforça o titular da Semas, Mauro O’de Almeida.
Segundo Jakeline Viana, as informações do monitoramento do desmatamento ajudam a direcionar as ações da Amazônia Viva, operação de fiscalização e repressão a crimes ambientais realizada no contexto do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA).

“Esses dados foram obtidos a partir do Deter (Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real), do Inpe, que gera informação quase diariamente. O Cimam faz relatório semanal para acompanhar o desmatamento. Como esses dados do Deter são bastante frequentes, ajudam a fazer o planejamento das ações de fiscalizações. As frentes de fiscalizações são direcionadas de acordo com o diagnóstico do Deter”, afirma a coordenadora do Cimam.

A Semas também faz análise comparativa dos alertas de desmatamento emitidos nos períodos em que as ações da Amazônia Viva estiveram em campo, o que permite avaliar a sua eficiência. As maiores reduções ocorreram durante a realização das fases 8 e 9 da operação. Efetuada em janeiro passado, a Amazônia Viva 8 reduziu em 92% o desmatamento em áreas estaduais. Já a Amazônia Viva 9, levada a campo em fevereiro, reduziu a degradação ambiental em 94%, em relação ao mesmo período de 2020. 

“Esses dados do monitoramento do desmatamento também permitem que se faça uma avaliação do desempenho da fiscalização. A variação da diminuição do desmatamento pode ser atribuída ao fato de ter operação em campo”, diz Viana.

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