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Cyberbullying: Afaste-se desta ameaça

por Antônio Siemsen Munhoz

Imagine um conjunto de violências que são desenvolvidas nos ambientes físicos presenciais que se desenvolvem de forma repetitiva, tendo como mente algum indivíduo, devido a características de credo, raça e cor. Você está sendo apresentado ao bullying. Ele pode ocorrer em ambientes virtuais e em redes sociais. Sua apresentação se estende para o cyberbullying.

O Bullying

Aqui as agressões ocorrem via contato físico e podem ser caracterizadas como ofensas de ordem verbal, física e psicológica, podendo compreender as três ao mesmo tempo. Pessoas recebem apelidos vexatórios relacionados com alguma característica física indesejada. As vítimas podem ser elementos individuais, assediados por outros elementos individuais, ou por grupos de pessoas que se reúnem para desenvolver esta atitude politicamente incorreta que pode alcançar graves resultados.

O cyberbullying

Na atualidade tudo o que ocorre no meio físico é transferido para o ambiente digital, tendo a internet como a grande estrada através das quais as informações e avatares das pessoas se movimentam. A criminalização é caracterizada como assédio moral, que pode acabar se transformando em agressões físicas. O grande problema é o isolamento social da vítima com consequências as mais diversas, que ocorrem de diferentes formas, na dependência do contexto.

Detalhamento do termo

A complexidade da nomenclatura justifica uma explicação complementar. O termo surge da união dos vocábulos Cyber como contração de cybernetics (cibernético). Bully tem o significado de valentão, sendo utilizado o termo como – valentia cibernética – pouco utilizada, mas que traz o real significado do termo a elas soma-se o sufixo ing que representa a continuidade de ação.

O detalhamento das atividades

O cyberbullying tem na prática da intimidação, humilhação, exposição que submete a vítima a diferentes tipos de vexações, objeto de calúnias e difamações. O problema é a extensão que ele pode atingir no ambiente virtual. Se nos ambientes físicos está restrito ao envolvimento de poucas pessoas, no ambiente virtual passa a ter uma fronteira altamente ampliada. De uma forma geral é considerado como a extensão da prática do bullying para o ambiente virtual, com uma retirada da vítima de qualquer possibilidade de escapar dos ataques, pois não há a presença dos envolvidos. Ele ocorre via:

  • Exposição de fotografias ou montagens que são altamente constrangedoras;
  • Divulgação de fotos íntimas ou montagem das mesmas;
  • Críticas à aparência física;
  • Criação de Fake News que envolvem a pessoa em atividades às quais ela nunca efetivou.

Os perfis falsos (fake) são utilizados pelos agressores como forma de garantia de anonimato na atividade, o que pode ser diminuído por alguns programas especialistas em identificar e remover tais provocações. A comunidade cria uma série de termos para caracterizar estas práticas. As mais comuns são:

  • Haters. Aqueles que odeiam que disseminam o ódio no ambiente virtual via os ataques anteriormente descritos;
  • Sexting (sex-texting). Aqueles que submete as pessoas a situações altamente vexatórias com a combinação de textos e fotos utilizadas para diminuir as pessoas em suas comunidades;
  • Revenge porn. A efetivação da vingança pornográfica, com a divulgação de imagens eróticas de nudez, enviadas para pessoas que as enviaram e agora recebem a mesma ofensa em devolução.

Na atualidade há leis estabelecidas para proteção das pessoas envolvidas. A quebra de segurança dos agentes criminosos ocorre com a descoberta do endereço que mantém ativos na grande rede (IP – Internet Protocol). Mas isto nem sempre resolve marcas de sérias consequências trazidas por quadros de isolamento social, tristeza e que se podem se transformar em depressão profunda. Depressão, transtorno de ansiedade e síndrome do pânico são outras consequências possíveis. A única proteção é o cuidado. Não se expor muito nas redes sociais; evitar que estas intervenções utilizam exposição de intimidades; buscar bloquear as pessoas identificadas; procurar a delegacia de polícia envolvida com atividades cibercriminosas.


Antonio Siemsen Munhoz é Doutor em Engenharia de Produção, Bacharel em Engenharia Civil, Especialista em Tecnologias Educacionais, Pós-graduado em Gestão Eletrônica de Documentos, com MBA em Design Thinking

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