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Caminhões com cilindros de oxigênio foram despachados hoje da Venezuela para o Amazonas

Chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, confirmou envio à imprensa local, e a previsão da chegada dos caminhões na capital amazonense é de dois dias

Dois caminhões com cilindros de oxigênio já foram autorizados e despachados para o Amazonas pelo governo da Venezuela. A informação foi divulgada pelo site Opera Mundi, que recebeu a confirmação do chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza.

De acordo com informações do site, a carga saiu da cidade de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar nesta sexta-feira (15/1), e viajará 1.500 km, por aproximadamente dois dias, até a capital amazonense. Essa primeira leva será transportada por via terrestre em dois caminhões e deverá chegar à cidade até domingo.

O acordo de cooperação foi negociado entre os governadores do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), e o governador do estado venezuelano de Bolívar, Justo Nogueira.

Por registrar as menores taxas de contágios e mortes por covid-19 da América Latina, a Venezuela não será prejudicada em ajudar o Brasil. O país investiu em ações preventivas e criou centros de diagnósticos rápidos, desafogando hospitais e clínicas.

Transporte

Segundo Arreaza, a logística desse primeiro envio será fornecida pelo governo venezuelano. Mas, depois o governo amazonense deverá assumir a tarefa enviando mais caminhões do Brasil para buscar oxigênio na Venezuela.

O governo da Venezuela ofereceu ainda uma escolta militar para as cargas, que será acompanhada até a fronteira a cidade de Santa Helena de Uairén, na fronteira, e depois por militares brasileiros.

O fornecimento de oxigênio acontecerá, de acordo com o ministro venezuelano, enquanto durar a situação de emergência”, o que o impede de definir a quantidade a ser fornecida da substância, tampouco o tempo da duração do convênio.

A produção de oxigênio na cidade de Puerto Ordaz faz parte de um plano de nacional para atender a pandemia do covid-19 na Venezuela. Essa planta industrial estava desativada e foi retomada no ano passado com esse objetivo. “O oxigênio que produzimos nessa fábrica é suficiente para atender essa região da Venezuela e ainda contribuir para aliviar a emergência do Brasil”, disse.

De acordo Arreaza, a ação de solidariedade da Venezuela com o estado Amazonas está acima das diferenças ideológicas que possam existir entre os dois países. “Oferecemos ajuda ao governador do Amazonas porque os bolivarianos somos solidários, essa é uma ação humanitária que tem que estar acima das diferenças políticas. O que nos une é o objetivo de salvar vidas. Espero que o governo brasileiro entenda que é importante ter boa relação com os seus vizinhos”.

Além disso, decidiu isolar todos os pacientes que testam positivo para o covid-19, evitando assim a propagação da doença. Atualmente, os hospitais e centros de atendimento de saúde operam com uma ocupação de leitos que varia entre 50 a 60% de sua capacidade.

A Venezuela já assinou contrato com a Rússia para o fornecimento da vacina Sputnik V e deve começar a vacinação em fevereiro, segundo informações oficiais. Na primeira etapa serão vacinadas 10 milhões de pessoas, um terço da população de 30 milhões de habitantes.

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