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Governo do Amazonas requisita administrativamente oxigênio de 18 empresas do Polo Industrial de Manaus

Ação integra os esforços para atender a alta demanda de oxigênio ocasionada pelas internações de pacientes com a covid-19. A requisição está prevista na Constituição Federal e na Lei do SUS

O Governo do Amazonas requisitou administrativamente o eventual estoque ou produção de oxigênio de 18 indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM). A medida tomada pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), nesta quinta-feira (14/01), é para garantir assistência à pacientes, após as principais fornecedoras de oxigênio não suportarem a demanda das redes pública e privada de saúde do estado, que passou a ser cinco vezes maior nos últimos 15 dias. A requisição está prevista na Constituição Federal e na Lei nº 8.080/1990, a Lei do SUS. 

A ação integra uma série de esforços do governo do Amazonas para atender a alta demanda ocasionada pelas internações de pacientes com o novo coronavírus. As requisições foram encaminhadas para as empresas Gree Eletric, Moto Honda, LG Eletronics, Yahama Motor, Electrolux, TPV, Whirlpool, Sodecia da Amazônia, Denso Industrial da Amazônia, Caloi, Flextronics International, Semp TCL, Ventisol, Carrier, Daikin, Samsung e Cometais.

Para atender a demanda de oxigênio dos hospitais públicos e privados do Amazonas, as fornecedoras do insumo, White Martins, Carbox e Nitron precisariam entregar 76.500 metros cúbicos (m³) diariamente. No entanto, a capacidade desas das empresas tem sido de apenas 28.200 m³/dia. 

Para sanar o déficit de 48,3 mil metros cúbicos diários, o governo do Amazonas e o Ministério da Saúde iniciaram a execução da “Operação Oxigênio” para abastecer os hospitais do Amazonas com o gás, após disparar os índices de consumo com o aumento de casos de covid-19.

De acordo com o governador Wilson Lima, o plano começou a ser executado após as principais fornecedoras do insumo não suportarem a demanda das redes pública e privada do estado, que passou a ser cinco vezes maior nos últimos 15 dias.

A logística da operação prevê também rota terrestre com o insumo até Belém, saindo de Fortaleza, para chegar a Manaus por meio de aviões. Para atender com urgência as redes, o transporte terrestre e fluvial, que seria o procedimento mais comum, foi descartado.

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