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Cibersegurança: pode embarcar nesta canoa. Ela o levará a um porto seguro

Por Antônio Siemsen Munhoz

O ditado “tudo que cai na rede é peixe” pode ser alterado, em tempos de conversão digital total com a criação de uma diversidade de contextos diferenciados. Ele pode ser parafraseado e afirmar que tudo o que cai na internet tem acesso livre. A efetivação desta realidade sem uma proteção segura, poderia representar o caos na vida das pessoas. Se não há nada que não possa ser copiado, pelo menos a vida de quem tenta a invasão de ambientes protegidos pode ser tornada mais dificultada.

Definindo a cibercultura

A Cibercultura está posta como o resultado de um contexto criado pela convergência de todos os equipamentos e pessoas que estão na frente de algum computador ou dispositivo móvel, utilizada extensiva e intensivamente nas atividades de seu dia a dia. A partir desta consideração geral e convergente é possível ampliar nossa conceituação inicial considerando que a cibercultura é a cultura que emerge do uso das redes de computadores espalhadas ao redor do mundo, seja para desenvolvimento de estudos, entretenimento, serviços e negócios. O ciberespaço se torna um ser vivente múltiplo, longe de ser um bloco monolítico, que se esparrama em todas as direções.

O estado da arte da Cibercultura

O resultado do estudo das tecnologias considera que desde que teve início a ligação dos computadores em rede, ela apresenta um crescimento endêmico com uma disseminação expansiva e extensiva em todas as comunidades que estejam interligadas de forma online. Ele é um espaço que pode ser considerado o império das técnicas, metodologias e tecnologias exponenciais, em toda extensão das profundas modificações que se mostram como ambientes disruptivos em toda a sua extensão. É um ambiente maleável que admite a flexibilidade em níveis elevados. Toda esta cultura é mediada por telas de computadores e dispositivos móveis apresentados como dispositivos móveis.

A fragilidade da cibercultura

É um ambiente altamente disseminador da cultura no qual a troca de informações e conhecimento atinge níveis elevados tem uma apresentação cognitiva e social, na qual podem ser enxergadas diferentes dimensões das atividades de ensino e aprendizagem centrada nas pessoas e com participação das comunidades de prática subjacentes. 

Este cruzamento de informações e conhecimento revela uma tênue segurança. Ele demonstra fragilidade que faz com que muitos profissionais e pessoas se afastem de uma participação mais ativa em detrimento de uma melhor qualidade das informações transeuntes e novos conhecimentos criados. Esta fragilidade cria uma nova área de conhecimento denominada cibersegurança. É um campo que evolui na mesma progressão geométrica em que ocorrem eventos de quebra de segurança e de cópia de arquivos.

A cibersegurança

A fragilidade apresentada sugere rotinas de segurança e os pesquisadores criam a linha de pesquisa: Cibersegurança e proteção de sistemas, redes e programas de ataques digitais. Com esta proposta debaixo do braço seria possível evitar a modificação, destruição, extorsão de valores financeiros e interrupção de processos.

Quando se olha para o contexto da cibercultura o principal desafio deixa de ser a busca da evolução, em detrimento da proteção dos dados. É dado destaque às atividades desenvolvidas em diferentes pontos e sob determinados níveis de segurança. Pode parecer surreal, mas o principal elemento visado são as  ações politicamente incorretas, desenvolvidas por seres humanos. Os programas criados são fruto de da criatividade de cada hacker ou cracker, geralmente apresentados em tom de desafio zombeteiro, com dísticos irônicos. Dentro das organizações, mas quais estão os dados mais sensíveis de defesa e proteção as pessoas, os processos de tecnologia, procedimentos de manuseio de dados gerenciais.

As pessoas (colaboradores e usuários externos) são protegidas com uso de senhas fortes e diferentes níveis de segurança que protegem os processos com os quais trabalham. Os processos são protegidos por contratados aos quais são impostos um elevado SLA – Security Service Level Agreement (Acordo nível de serviço de segurança). Os contratos  geralmente  são regidos por   cláusulas draconianas com níveis de liberação próximos dos 100%.  Todos estes níveis estão submetidos contra pishing (e-mails fraudulentos), Ransomware (softwares maliciosos que visam extorquir altos valores financeiros para devolver o acesso bloqueado.

Todo este processo deve deixar atentos os responsáveis pela segurança nos departamentos de TI – Tecnologia da Informação e somente a colaboração de todos podem reduzir estas atividades a um nível que não seja altamente destrutivo.


Antonio Siemsen Munhoz é Doutor em Engenharia de Produção, Bacharel em Engenharia Civil, Especialista em Tecnologias Educacionais, Pós-graduado em Gestão Eletrônica de Documentos, com MBA em Design Thinking


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