DESTAQUEECONOMIA

Governança colaborativa é apontada como o caminho para impulsionar negócios tecnológicos no Amazonas

Proposta foi apresentada durante evento da Semana de Ciência e Tecnologia do Amazonas, realizada pela Secti, que tem como tema “Inteligência Artificial: A nova fronteira da ciência brasileira”

Uma governança colaborativa tendo o Governo do Amazonas como liderança, unindo diversos setores com o objetivo de desenvolver soluções para novos negócios de bioeconomia e biotecnologia no estado. Essa foi uma das propostas apresentadas durante o primeiro painel da Semana de Ciência e Tecnologia do Amazonas (SCTA) 2020, que aconteceu nesta quinta-feira (19/11), no formato webinário, com transmissão pelo canal no Youtube da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).

A secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedecti, Tatiana Schor, destacou que os diálogos da Semana de Ciência e Tecnologia 2020 têm como meta ouvir a sociedade para que se possa, junto com o Governo do Estado, criar proposta para a elaboração de políticas públicas e alavancar a biotecnologia no Amazonas.

“Quando a gente pensa em Inteligência Artificial, temos que pensar em como as questões estão sendo colocadas no estado do Amazonas. Nesse propósito, organizamos esses três painéis (dias 19, 24 e 26/11) buscando trazer esses elementos para discutir essa interação entre tecnologia, inteligência artificial, a floresta, a bioeconomia, a biotecnologia, os povos tradicionais e o monitoramento da fauna. Esse é um desafio enorme”, salientou a secretária.

A palestrante convidada, Vânia Thaumaturgo, que é presidente da Associação Polo Digital de Manaus (APDM), destacou a participação do Governo do Amazonas no papel de liderança, no ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) por meio da realização de várias iniciativas da Sedecti.

“Temos visto com muito bons olhos as várias iniciativas do Governo do Estado, por meio da Sedecti, promovendo vários eventos junto às diversas áreas do mercado. Acredito que o Governo pode atuar como liderança dessa governança colaborativa, chamando os diversos setores para atuarem, de forma orquestrada, dando um passo importante para atrair mais negócios inovadores junto ao ecossistema das TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) e alavancar o desenvolvimento de CT&I na região”, argumentou.

Outro painelista, Carlos Koury, que é diretor técnico do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), explanou sobre os negócios sustentáveis de sucesso que acontecem atualmente, como por exemplo, o agrocafé desenvolvido no sul do Amazonas e os óleos vegetais da floresta.

“Acredito que o Governo do Estado pode ajudar a economia oferecendo subsídios, juntamente com o investidor-anjo, para potencializar os projetos que estão nas academias e até mesmo se tornando um consumidor dessas tecnologias, fomentando, assim, esses negócios a partir de seu consumo”, apontou Koury.

Para o palestrante Marcos Dá-Ré, da Fundação Certi, deve haver a conectividade entre as mais diferentes áreas. “Os setores precisam conversar entre si e se apoiarem senão muitas iniciativas irão morrer. É preciso mudar o mindset e juntar os diferentes, a curto prazo, para evitar que boas ideias morram”, apontou o painelista.

Semana de Ciência e Tecnologia – Promovida pela Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que é ligada à Sedecti, a Semana de Ciência e Tecnologia do Amazonas 2020 (SCTA) tem como tema “Inteligência Artificial: A nova fronteira da ciência brasileira”. Os próximos painéis do evento acontecerão nos dias 24 e 26 de novembro.

No Amazonas, a SCTA tem como foco as discussões em torno da utilização de tecnologias inovadoras como propulsoras do desenvolvimento de economias sustentáveis, o monitoramento e conservação dos recursos naturais e a melhoria do acesso à internet em áreas remotas.

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