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Com estabilidade nas internações da Covid-19, Hospital Delphina Aziz começa receber pacientes com outras enfermidades

Hospital continuará com leitos específicos para Covid-19, mas objetivo da SES é, gradualmente, ampliar a oferta de consultas, exames e cirurgias para atender a demanda que ficou reprimida

Com a manutenção na estabilidade de internações por Covid-19 em Manaus, o Governo do Amazonas vai dar prosseguimento ao plano de reabertura do Hospital Delphina Aziz, na zona Norte, para pacientes não Covid-19. A partir de 15 de outubro, a unidade que, desde o início da pandemia, ficou exclusiva para internações de pessoas com o novo coronavírus, passará a receber também pacientes de outras causas encaminhados pela rede pública de saúde.

A meta inicial da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) é ofertar 12.524 consultas, 88.266 exames e 1.065 cirurgias eletivas ao mês para usuários da rede pública de saúde. A abertura da unidade está prevista no Programa Saúde Amazonas, que tem como objetivo reduzir filas e o tempo de espera dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A retomada do hospital para outras causas será gradual e avançará conforme os indicadores epidemiológicos da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).  O objetivo da secretaria é ampliar a oferta de consultas, exames e cirurgias para atender a demanda que ficou reprimida na rede em função da pandemia. O hospital, no entanto, continuará com leitos específicos para Covid-19 e o avanço na oferta de serviços será conforme a taxa de ocupação de leitos.

O secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo, destaca que o plano de trabalho é praticamente o mesmo que estava previsto para setembro e que teve que ser adiado após dectar-se, a partir da segunda quinzena do mês passado, um pequeno aumento nas internações, seguido de nova estabilidade. Ainda segundo ele, a abertura se justifica pela demanda reprimida por exames, consultas especializadas e cirurgias em toda a rede pública.

“As internações estão equilibradas dentro da taxa de ocupação prevista no nosso plano de trabalho. Ao mesmo tempo, há uma demanda reprimida dos atendimentos eletivos que ficaram parados na pandemia, há também demanda de pacientes crônicos e sobrecarga nos prontos-socorros e hospitais para internações por outras causas. Por isso, precisamos retomar o plano de abertura do Delphina Aziz como unidade de retaguarda para a nossa rede”, justifica.

A unidade que, durante a pandemia, teve o número de leitos ampliado de 132 para 362, vai funcionar com toda a sua capacidade, usando os seis andares ativados pelo Governo do Estado, o centro cirúrgico, o hospital dia e o centro de diagnóstico. O hospital não será porta aberta e vai atender pacientes encaminhados de outras unidades pela Central Unificada de Regulação e Agendamentos (CURA).

Para a Covid-19 serão mantidos 70 leitos de UTI e 112 leitos clínicos, com a perspectiva de aumento dessa quantidade. Conforme a secretária Executiva Adjunta em Política de Saúde, Nayara Maksoud, o plano de trabalho segue as orientações e medidas de controle determinadas pela FVS. “Por ser o hospital referência para Covid-19, seguiremos protocolos próprios para separar as alas Covid das não Covid, com todos os cuidados recomendados”, observa.

Conforme o plano de trabalho, o Parque de Imagem será aberto para os serviços de apoio ao diagnóstico em 30 tipos de exames e procedimentos agendados pela CURA. Já o serviço de ambulatório clínico ofertará consultas em 26 especialidades adulto e pediátricas.

Cirurgias

O Hospital Delphina Aziz também irá absorver a demanda da rede pública por cirurgias gerais, urológicas, proctológicas e ginecológicas. A unidade também terá leitos de hospital dia para procedimentos menos invasivos cujo período de internação é inferior a 12 horas – cirurgias urológicas, ginecológicas, vasculares, dermatológicas e a coleta de material para biópsia.

Fisioterapia

Entre as novidades da unidade está o serviço de fisioterapia para pacientes com sequelas de Covid-19. O Delphina Aziz será a referência na rede pública para atendimento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) levando-se em conta que de novembro a maio é o período sazonal das doenças respiratórias no Amazonas.

Fotos: Arquivo/ SES-AM

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