Antonio Siemsen MunhozCOLUNAS

Está na hora de você saber o que é uma rede adaptativa de trabalho!

Está hora de você saber um pouco mais sobre uma tecnologia que será ofertada para otimização da sua parafernália eletrônica.

Por Antonio Siemsen Munhoz

Novos assuntos alimentam mentes curiosas e incansáveis e que não vivem fora da trilha da busca de inovações. O setor tecnológico está em constante movimentação. Seu alvo são as metodologias inovadoras a serem utilizadas para atender a evolução e surgimento de novas tecnologias. Vivemos um tempo de inovações disruptivas que chamam ao palco as tecnologias exponenciais. Estas, então, viram tudo de cabeça para baixo.

Estão à vista modificações na zona de conforto das redes estáticas. Para tanto estão sendo criadas as redes adaptativas. Elas caminham para um ambiente dinâmico, escalável e programável. Ganham destaque as ferramentas de análise e inteligência. Quem sabe não estejamos nos colocando na caminhada em direção à  sociedade do grande irmão (Huxley, 2014[1]) que ainda assusta muitos marmanjos. Computação em nuvem, Big Data e Data Analysis dão as mãos e sustentam o surgimento e a implantação de tais redes.

Encontramos alguns direcionadores que fornecem o apoio necessário e justificam investimentos (stakeholders devem prestar atenção): a convergência de telecomunicações e Tecnologia da informação (adeptos da mobilidade total aplaudem da primeira fila); a virtualização de tudo, inclusive de novos locais de lazer, ensino e negócios (os adeptos das redes de FAKE NEWS batem palmas na segunda fila); a evolução 5G, se os políticos não atrapalharem, deve evoluir (aplausos da terceira fila com diferentes projetistas de acesso e defesa das redes via proximidade).

Infelizmente, na última fila é possível observar algumas pessoas acostumadas a atividades de corrupção. Eles estão meio escondidos, já preparando seu uso de forma politicamente incorreta. Os data centers vão se multiplicar em redes flexíveis, resilientes e seguras. A conexão com elementos geograficamente dispersos se espalhará sem mais limitações, de tempo, espaço, e interconexão. O mundo estará ligado a velocidades super rápidas em estradas do futuro (Gates, 2015[2]). A evolução referenciada aumenta ano após ano. O mercado se locupleta com novos dispositivos de tecnologia. A largura de banda começa a mostrar sinais de esgotamento e seu aumento se torna inadiável. Isto deve ocorrer com a criação das redes de alta produtividade. Deve ocorrer como consequência natural uma massificação que irá exigir algoritmos complexos para atender a programabilidade, escalabilidade e automação desta solução. O contexto começa a preocupar as pessoas quando estas redes são colocadas como elementos inteligentes. Algo nunca imaginado toma conta do mercado: a cooperação e colaboração entre diferentes empresas de diferentes nacionalidades em consórcios supranacionais que podem estabelecer comportamentos que superem a autoridade dos governos locais.

Sua estrutura deve atender praticamente tudo desde sistemas de iluminação e suas linhas de transmissão ao controle urbano da segurança pública em diversos níveis. Os sistemas de controle de trânsito, os sistemas de abastecimento de água, e o atendimento das mais diversas necessidades da IoT (internet of  things) podem desenhar situações amedrontadoras, sem a existência das redes autônomas.

 A confiabilidade na permanência de sinais digitais, independentemente de quaisquer catástrofes naturais ou não, é um dos principais benefícios esperados e obtido por meio de contratos SLA – Service Level Agreement estabelecidos com cláusulas draconianas e punições severas. Alguns a enxergam como uma “espiã industrial” que pode enxergar para além daquilo para o qual foram programadas. Se quisermos o apoio total é só perguntar a algumas pessoas que estejam em condições desfavoráveis que sua defesa se mostra total: algumas pessoas sofrendo um congestionamento na Internet na véspera de matrícula em algum curso; outras pessoas enfrentando um congestionamento de vários quilômetros em nossa maior metrópole; outras pessoas que estão sem luz devido a algum problema na linha de transmissão; além de outras situações similares possíveis em grandes aglomeramentos populacionais.

Todas estas pessoas devem apoiar de forma unanime a criação das redes autônomas. Todas as situações descritas permitem saber, ainda que de forma superficial, que perigos acompanham a todas estas situações. Os setores responsáveis pela segurança receberão uma herança pesada e que certamente irá granjear muitas horas extras de trabalhos para os profissionais da tecnologia da informação: a segurança digital. Há uma necessidade que se mostra aos olhos mais atentos. Independentemente da complexidade das rotinas internas todas as pessoas usuárias, com maior ou menor aprofundamento, devem saber para que servem as TDIC – Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação para que no meio desta bagunça de siglas e procedimentos técnicos e tecnológicos saibam no que estão se metendo quando cedem ao canto da sereia de alguma nova tecnologia.


[1] HUXLEY Aldous. Admirável mundo novo. São Paulo: editora azul, 2014.

[2] GATES, Bill. Estrada do futuro. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2015

Antonio Siemsen Munhoz é Doutor em Engenharia de Produção, Bacharel em Engenharia Civil, Especialista em Tecnologias Educacionais, Pós-graduado em Gestão Eletrônica de Documentos, com MBA em Design Thinking


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