MANAUS

Sepultamentos em Manaus, no mês junho, voltam ao patamar de antes da pandemia da Covid-19

Mesmo com a redução de sepultamentos, o secretário da Semulsp, Paulo Farias, apela a população para que continue em alerta e adotando as medidas preventivas de contagio do novo coronavírus

A Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), registrou no mês de junho, 1.100 sepultamentos e cremações nos cemitérios da capital do Amazonas, sendo 912 deles realizados em espaços gerenciados pela Prefeitura de Manaus. Os dados são semelhantes aos registrados no período anterior à pandemia de Covid-19.

Ao todo, nos três meses de agravamento da pandemia, os cemitérios públicos e privados de Manaus registraram 6.268 sepultamentos e cremações, sendo 2.809 em abril e 2.359 no mês de maio. O sistema funerário público foi responsável por 5.246 enterros, o equivalente a 83,6% do total.

Os 912 sepultamentos e cremações registrados no sistema público, representam menos de 10% dos enterros registrado no mesmo período do ano passado, quando foram realizados 842 enterros. Em abril deste ano foram registrados 2.435 enterros no sistema público, um crescimento de 179,5% em relação ao mesmo período de 2019, quando foram contabilizados 871 enterros. Em maio de 2020, o crescimento foi de 120% em relação ao ano anterior, saltando de 860 para 1.899.

Já as médias diárias de sepultamentos registradas no sistema público nos primeiros meses deste ano – 29 em janeiro, 27 em fevereiro e 28 em março – estão praticamente iguais a registrada em junho, 30, e em todo o ano de 2019 (29). A maior média este ano foi registrada em abril, com 81 sepultamentos diários, no mês seguinte a média diária caiu para 61.

O sistema público de sepultamentos também registrou, em junho, queda no total de sepultamentos e cremações de óbitos registrados como Covid-19. Enquanto em abril e maio foram 190 e 348 registros, respectivamente, em junho foram 121.

 Para o secretário da Semulsp, Paulo Farias, mesmo com a redução de sepultamentos, a população deve continuar em alerta e prevenindo-se do novo coronavírus. “A Semulsp vem registrando uma redução lenta, mas constante, na taxa de sepultamentos em Manaus, o que é uma notícia boa para todos. Entretanto, sempre temos casos de Covid-19, o que deixa claro a necessidade de distanciamento social, de cuidados e de atenção fundamentais para que esses resultados sejam duradouros e não tenhamos uma recaída”, alertou o secretário.

 Covas individuais e cremação

Com a redução do número de sepultamentos em junho, a Prefeitura de Manaus retornou, no dia 17 de junho, o sepultamento em covas individuais no Cemitério Nossa Senhora Aparecida encerrando o sistema de trincheiras utilizado durante o período de maior atendimento durante a pandemia de Covid-19, quando o aumento da demanda saiu de uma média de 30 enterros diários, chegando a mais de 100 por dia.

Além da modalidade de sepultamentos em trincheira no cemitério Nossa Senhora Aparecida, único com espaço público para novas covas na capital, a prefeitura disponibilizou a opção de cremação, em parceria com uma empresa privada. Desde o seu lançamento, no final de abril, de 77 famílias em vulnerabilidade social, sendo 16 em junho, utilizaram o sistema de cremação.

Para ter acesso ao crematório, as famílias, por meio do contato com funerárias ou SOS Funeral, procedem o encaminhamento do corpo para o cemitério Nossa Senhora Aparecida. Após autorizado o serviço do crematório, a família deverá ir ao posto de atendimento da empresa responsável, localizado no cemitério municipal, para fazer o agendamento. A urna ficará na câmara do cemitério, até o momento do deslocamento para o crematório, no município de Iranduba.

Informe Funerário

Um total de 21 sepultamentos foi registrado nesta terça-feira, 30/6, nos cemitérios da capital do Amazonas gerenciados pela Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), sem opção por cremação e nem óbitos oriundos do interior do Amazonas. Não foram registrados sepultamentos nos cemitérios particulares.

O município informa, ainda, que houve o registro de três óbitos em domicílio e que dois sepultamentos foram a partir do serviço SOS Funeral, gerenciado pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).

Entre as causas de morte do total de enterros, cinco foram declaradas como Covid-19, provocada pelo novo coronavírus e uma por insuficiência respiratória. Também foi registrada uma morte por causa indeterminada.

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