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Ao lado de Bolsonaro, Weintraub anuncia saída do MEC e diz que vai assumir diretoria no Banco Mundial

Ministro permaneceu 14 meses. Deixará MEC após sequência de crises com outras instituições. Nos últimos meses, ofendeu chineses e chamou ministros do STF de ‘vagabundos’

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou nesta quinta-feira (18/6) que deixará o cargo. A informação foi feita em um vídeo publicado pelo próprio Weintraub, em que o agora ex-ministro aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro e lê um texto de despedida.

“Sim, desta vez é verdade. Eu estou saindo do MEC e vou começar a transição agora. Nos próximos dias, eu passo o bastão para o ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo”, diz Weintraub.

Ele não falou dos motivos da demissão. “Neste momento, eu não quero discutir os motivos da minha saída, não cabe. O importante é dizer que eu recebi o convite para ser diretor de um banco. Já fui diretor de um banco no passado. Volto ao mesmo cargo, porém no Banco Mundial”.

Já o presidente Jair Bolsonaro, deixou claro que a saída Abraham Weintraub foi uma decisão difícil de ser tomada e pediu confiança aos seus seguidores. “É um momento difícil, todos os meus compromissos de campanha continuam de pé. Busco implementá-lo da melhor forma possível. A confiança você não compra, você adquire. Todos que estão nos ouvindo agora são maiores de idade, sabem o que o Brasil está passando. E o momento é de confiança. Jamais deixaremos de lutar por liberdade. Eu faço o que o povo quiser”, afirma Bolsonaro no vídeo.

O estopim da saída teria sido a participação de Weintraub em ato contra o Supremo Tribunal Federal no domingo (14/6) “Já falei a minha opinião, o que faria com esses vagabundos”, disse. Ele é alvo de investigação do Supremo por ter defendido, em reunião ministerial de 22 de abril, que os ministros da mais importante corte do país fossem presos.

A troca de comando no MEC é vista como possibilidade desde o final de 2019. Weintraub é alvo de insatisfação no Congresso, no STF e na ala militar do governo. Ele já protagonizou atritos envolvendo o Enem, o Fundeb, método de escolha de reitores e resistiu a negociação de cargos no governo.

Weintraub assumiu o cargo em abril de 2019, após a saída de Ricardo Vélez Rodríguez, e permaneceu no posto por 14 meses. No período, acumulou desafetos e disputas públicas com diversos grupos sociais – entre eles, a comunidade judaica e a representação da China no Brasil.

Em post feito agora a pouco em sua conta no twiter, Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) escreveu: “Agradeço a todos de coração, em especial ao Presidente @jairbolsonaro. O melhor Presidente do Brasil! LIBERDADE!”

Com informações do Congresso Em Foco

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