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Eduardo Pazuello assume interinamento Ministério da Saúde

Secretário executivo assume Ministério da Saúde interinamente. O nome do secretário-executivo agrada a ala militar do governo e ele poderá ser efetivado no comando do ministério.

O Ministério da Saúde confirmou, neste sábado (16/5), que o secretário executivo da pasta, Eduardo Pazuello, assumirá interinamente o comando do ministério, substituindo Nelson Teich, que deixou o governo na sexta-feira. A troca no ministério ocorre no auge da pandemia do coronavírus no Brasil, que deve superar a marca de 15 mil mortes neste sábado. Dados atualizados na noite de sexta indicavam 14.817 mortes pela doença e 218.223 casos confirmados.

General do Exército, Pazuello foi nomeado para o segundo cargo mais alto da hierarquia ministerial no último dia 22, após Teich assumir o ministério no lugar de Luiz Henrique Mandetta. Pazuello não tem relação com a medicina e foi colocado na pasta da Saúde por indicação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o também general Augusto Heleno.

Especialista em Logística, o militar foi coordenador logístico das tropas do Exército durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, além de ter coordenado as operações da Operação Acolhida, que presta assistência aos imigrantes venezuelanos que chegam a Roraima fugindo da crise política e econômica no país vizinho. O general também comandou a 12ª Região Militar, no Amazonas.

Ontem, ao pedir demissão e deixar o governo, o médico Nelson Teich disse que deixou, para quem quer que viesse a sucedê-lo no cargo, um plano de trabalho “pronto para auxiliar os secretários estaduais e municipais a tentar entender o que está acontecendo e pensar próximos passos”.
Teich não entrou em detalhes sobre os motivos de sua saída, mas havia divergências públicas entre ele e o presidente Jair Bolsonaro sobre temas como o distanciamento social e o uso da cloroquina para o tratamento da covid-19. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, a decisão foi motivada por questões pessoais.

Durante coletiva de imprensa, Netto comentou que o presidente defende formas de enfrentar o novo coronavírus diferentes das que Teich e Mandetta propunham. Segundo o ministro, Bolsonaro é contrário aos “excessos”, defendendo, por exemplo, o isolamento vertical – que estabelece o isolamento social apenas para as pessoas que integrem grupos de risco (idosos, pacientes com diabetes e doenças cardiovasculares) ou que estejam infectadas e o uso da hidroxicloroquina na fase inicial da doença.

Da redação, com informações da Agência Brasil.

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